A taxa de desemprego na Grécia desceu uma décima em fevereiro para 16,1% da população ativa, segundo dados hoje publicados pela agência de estatística grega Elstat, que espera uma forte subida a partir de março devido à pandemia.
Segundo os dados corrigidos das variações sazonais hoje divulgados pela agência de estatística grega Elstat, a taxa de desemprego desceu 2,3 pontos percentuais face ao mesmo mês de 2019.
Nos primeiros dias de março, antes de o país ter entrado em confinamento, perderam-se 45.000 postos de trabalho, uma situação que se agravou com a imposição da quarentena.
De acordo com as estimativas da primavera da Comissão Europeia (CE), a economia grega sofrerá uma queda de 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 e o desemprego aumentará para 19,9%, com uma perda de 160.000 empregos.
Semelhantes são as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê para 2020 uma recessão de 10% e um forte aumento do desemprego para 22,3%.
O Governo é menos pessimista e, no relatório de estabilidade enviado à CE, apresenta dois cenários possíveis, um relativamente positivo que prevê uma recessão de 4,7% neste ano e um negativo que prevê um colapso de 7,9%, em função do impacto e da duração da crise da pandemia da covid-19.
Em relação ao desemprego, a CE espera que a taxa passe de 17,3% da população ativa em 2019 para 19,9% este ano, antes de recuar para 16,4% em 2021 ", se tiverem êxito os esforços de apoio às empresas atingidas e para salvar o emprego", aprovados pelo Governo durante esta crise.
Por agora, o número de desempregados em fevereiro totalizou 745.948, o que significou uma queda de 1,8% em relação a janeiro e de 14,4% em relação a fevereiro do ano passado.
O número de empregados totalizou 3.888.595, uma queda de 0,7% em relação a janeiro, mas um aumento de 0,4% em relação ao mesmo mês de 2019.
O número de pessoas inativas - que não trabalham ou estão à procura ativamente de emprego - foi de 3.269.459, um aumento de 1,2% em relação a janeiro e de 2,1% em relação a fevereiro do ano anterior.
Por sexos, a taxa de desemprego em janeiro continuou a ser significativamente mais elevada entre as mulheres (19,9%) do que entre os homens (13,1%).
O desemprego jovem também permaneceu muito elevado, ao atingir 35,6% dos jovens entre 15 e 24 anos e 21,8% no grupo entre 25 e 34 anos.
A outra faixa etária mais afetada é entre 35 e 44 anos, onde o desemprego chegou a 15%.