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Líder do CDS não se sente «ameaçado por ninguém» e prefere «medir forças» nas urnas

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, afirma não se sentir "ameaçado por ninguém", desvaloriza as sondagens e prefere medir forças nas urnas, salientando que os democratas-cristãos não se incluem numa "direita trauliteira".

Líder do CDS não se sente «ameaçado por ninguém» e prefere «medir forças» nas urnas
Futebol 365

Em entrevista ao semanário Expresso, divulgada hoje, Francisco Rodrigues dos Santos garante que os centristas não se sentem "ameaçados por ninguém" e concretiza: "Nem por partidos emergentes, nem pelo vizinho com que sempre soubemos falar".

"Não olho com apreensão para nenhum partido à direita", diz o líder democrata-cristão, que desdramatiza as sondagens que colocam o Chega à frente do CDS nas intenções de voto, indicando que não as celebra, nem se deprime com elas, porque "é nas urnas que se vão medir forças".

Questionado se o CDS entraria numa aliança com PSD e Chega, Francisco Rodrigues dos Santos indica que "todos os cenários estão em aberto", mas considera que "uma solução alargada à direita, federadora, não poderá nunca violar valores que para o CDS são inegociáveis".

Assim, o partido "está confortável em negociar" com outras forças políticas que “tenham o espírito democrático para não entroncar num perfil demagógico e populista" no qual os centristas não se reveem.

"Não somos uma direita trauliteira, não temos um discurso de ódio que procura colocar uma parte da sociedade contra a outra, nem somos um partido que tem um piscar de olho permanente para o centrão, que come à mesa do bloco central de interesses e que tem dificuldades notórias de se diferenciar da receita socialista", advoga.

Para o líder centrista, "só um CDS com força e dimensão é que pode ter uma palavra a dizer em qualquer arco de coligação", e "não se deve impedir aos partidos à direita do PS aquilo que se permite aos partidos à esquerda do PS".

No que toca ao PSD, assinala que "as posições não são antagónicas" e que é uma questão de estratégias diferentes.

"Nas reformas que for necessário fazer, devemos procurar um entendimento. Agora, o PSD deve representar o centro e o CDS a direita. A ideia que se gerou de que temos de ser uma espécie de fusão... não é isso que pretendemos. Mas há boas perspetivas no horizonte", sublinha.

Sobre a situação em que partido se encontrava quando foi eleito, num congresso que decorreu em Aveiro no final de janeiro, e dos resultados alcançados até agora, Francisco Rodrigues dos Santos sustenta que "ninguém podia acreditar que em três meses se consegue reverter um resultado eleitoral de 4%".

Relativamente ao facto de o antigo presidente do CDS Paulo Potas não se ter pronunciado publicamente sobre a sua eleição, o atual líder alegou que o antigo vice-primeiro-ministro "optou por uma postura sensata, uma vez que o partido estava altamente fragmentado".

À pergunta se já não está altamente fragmentado, respondeu que "a partir do momento em que o congresso termina" são "todos do CDS", acrescentando que atualmente não está "preocupado com a liderança do partido".

Quanto às eleições autárquicas do próximo ano, Rodrigues dos Santos não admite seguir as pisadas da ex-líder, Assunção Cristas, e ser candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa.

"Não acredito num ‘omnipresidente’ do CDS, que tenha de ser candidato a tudo. Não é uma obrigação", justifica, salientando estar a "trabalhar para que o CDS consiga pelo menos manter as seis câmaras que tem" e que esse "é o objetivo conservador".

O presidente do CDS disse ainda que a ministra da Saúde, Marta Temido, "sai particularmente fragilizada" no que toca à pandemia de covid-19, tal como a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e referiu que "o tempo de apuramento de responsabilidades chegará", criticando que "mandou o interesse político" na gestão desta crise.

Na mesma entrevista, Francisco Rodrigues dos Santos apontou ainda críticas ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, alegando que Pedro Nuno Santos "tem sido um zero à esquerda na gestão" da questão da TAP.

"Não concordamos com estas ideias megalómanas de um ministro fanfarrão que acha que o dinheiro dos contribuintes deve ser injetado de forma desregulada", acrescentou.

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