Cerca de 15 mil refeições por dia estão a ser produzidas e distribuídas por dia “para quem mais precisa” pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), utilizando, entre outros meios, as cozinhas das escolas básicas que se encontram encerradas.
“Desde o início do estado de emergência [devido à pandemia de covid-19], a CML tem estado a multiplicar a sua capacidade de produção e distribuição de refeições. Utilizando os meios ao seu dispor, nomeadamente as cozinhas das escolas básicas que se encontram encerradas, a CML está atualmente a produzir cerca de 15 mil refeições por dia”, é referido num comunicado do gabinete do vereador responsável pelos pelouros da Educação e Direitos Sociais da autarquia, Manuel Grilo.
Este reforço na produção e distribuição de refeições representa por mês um investimento de 1,5 milhões de euros, de acordo com a autarquia.
As cerca de 15 mil refeições são distribuídas em mais de 4.800 ‘kits’ de alimentação, com a ajuda de vários parceiros, entre os quais a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Em três pontos da cidade, as refeições são distribuídas pelas Forças Armadas e nas escolas “são centenas as famílias” que acedem a essa ajuda para os filhos, “com escalão A ou B da ação social escolar”, indica o gabinete do vereador Manuel Grilo (BE, partido que tem um acordo de governação da cidade com o PS).
“Nos centros de acolhimento de emergência para as pessoas em situação de sem abrigo, que abrigam hoje centenas de pessoas, também são distribuídas refeições diariamente, entre pequeno-almoço almoço, lanche, jantar e ceia”, lê-se na nota.
Além disso, foi também ativada a rede do Projeto Radar para, com as Juntas de Freguesia, distribuir centenas de refeições a idosos isolados.
“A cada semana, são mais de 70 mil refeições distribuídas pela cidade. Diversificando as formas de distribuição, esta resposta tem de continuar a ser dada nos próximos meses por uma razão simples: a fome não pode voltar a Lisboa e quem o pode garantir é a resposta pública”, refere o vereador responsável pelo pelouro da Educação e Direitos Sociais, citado no comunicado.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 280 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.135 pessoas das 27.581 confirmadas como infetadas, e há 2.549 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.