A petrolífera pública saudita Aramco, a maior do mundo, anunciou hoje que obteve lucros líquidos de 16.660 milhões de dólares (15.401 milhões de euros) no primeiro trimestre, menos 25% que no mesmo período de 2019.
A Aramco publicou hoje os resultados dos três primeiros meses de 2020 e indicou que obteve um lucro líquido de 62.480 milhões de reais sauditas (16.660 milhões de dólares), menos 25% que no mesmo período de 2019 (22.210 milhões de dólares).
A empresa com maior lucro do mundo observou que a receita "permaneceu robusta (...) apesar da descida dos preços do petróleo, das margens de refinaria e de produtos químicos e das perdas de medição do inventário".
As despesas de capital no primeiro trimestre de 2020 foram 7.400 milhões de dólares, um aumento em relação aos 7.200 milhões de dólares investidos no mesmo período do ano passado.
A Aramco espera que os gastos de capital até ao final de 2020 estejam entre 25.000 milhões de dólares e 30.000 milhões de dólares devido à "volatilidade dos preços" do petróleo.
"A crise da covid-19 é diferente de tudo o que o mundo já viveu na história recente e estamos a adaptar-nos a um ambiente de negócios altamente complexo e em rápida mudança", afirmou o presidente da empresa no comunicado, Amin Nasser.
Contudo, Nasser garantiu que a Aramco "demonstrou resiliência durante os ciclos económicos e tem uma posição incomparável devido a um balanço sólido e a uma estrutura de baixo custo".
A Aramco pagou dividendos aos acionistas no valor de 13.400 milhões de dólares (12.386 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2020, referentes ao último trimestre de 2019.
Assim, a empresa garantiu que, no segundo trimestre de 2020, pagará 18.750 milhões de dólares pelo primeiro trimestre de 2020, descrito como "o mais alto de todas as empresas cotadas no mundo".
O presidente da empresa prevê que o impacto da pandemia na procura mundial afetará os lucros da empresa no resto do ano e garantiu que a Aramco "fortalecerá os negócios durante esse período, reduzindo os investimentos e promovendo a excelência operacional".
Na segunda-feira, o Governo da Arábia Saudita ordenou à Aramco uma redução "voluntária" adicional de um milhão de barris por dia da produção a partir de junho, aumentando assim o corte acordado com os países da OPEP+ em 12 de abril.