O Governo da Guiné-Bissau decretou hoje o recolher obrigatório no país entre as 20:00 e as 06:00 horas, na sequência do prolongamento do estado de emergência devido à pandemia do novo coronavírus.
O chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, prolongou segunda-feira, pela terceira vez, o estado de emergência no país até 26 de maio.
"Todos os habitantes devem permanecer em casa das 20:00 às 06:00", refere o decreto do Governo, que regulamenta o estado de emergência.
Segundo o decreto, entre as 20:00 e as 06:00 só podem circular elementos das forças de defesa e segurança, funcionários dos serviços de saúde e agentes humanitários.
A circulação de pessoas continua a estar limitada ao período entre as 07:00 e as 14:00.
O decreto determina também o uso obrigatório de máscara na "circulação nas estradas e vias públicas, nos mercados e em espaços interiores fechados com mais de uma pessoa", incluindo salas de reuniões, supermercados e outros estabelecimentos comerciais.
No âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus, as autoridades guineenses encerraram também as fronteiras, serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e discotecas e locais de culto religioso, proibiram a circulação de transportes urbanos e interurbanos.
O número de casos da covid-19 na Guiné-Bissau aumentou hoje para 820, mantendo-se três mortos, de acordo com os dados divulgados pelo Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) guineense.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.336, com mais de 66 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (820 casos e três mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 casos e quatro mortos), Cabo Verde (267 casos e duas mortes), São Tomé e Príncipe (220 casos e seis mortos), Moçambique (104 casos) e Angola (45 infetados e dois mortos).