As Forças Armadas norte-americanas anunciaram hoje o reinício parcial e em formato reduzido dos seus exercícios militares na Europa, suspensos devido à pandemia de covid-19.
O exercício polaco-norte-americano “Allied Spirit”, que estava previsto para este mês, vai mobilizar 6.000 soldados dos dois países entre 05 e 19 de junho na grande base militar de Drawsko Pomorskie, norte da Polónia, indicou o exército dos EUA em comunicado.
“Devido à covid-19 vão ser adotadas todas as medidas de precaução para proteger a saúde das forças armadas que vão participar e a população local”, asseguraram os responsáveis militares dos EUA neste documento.
Os 4.000 soldados norte-americanos envolvidos já tinham sido enviados à Europa para participar no exercício “Defender-Europe 20”, o maior envolvimento militar dos EUA na Europa dos últimos 25 anos, mas a pandemia de covid-19 forçou o Pentágono a suspender todas as movimentações militares à escala global.
Cerca de 2.000 militares polacos vão ser igualmente mobilizados para este exercício, que prevê uma largada de paraquedistas polacos e a travessia de um rio por uma divisão inteira.
No momento em que foi interrompido o envio de tropas norte-americanas, no início de março, mais de 90% dos equipamentos previstos para a “Defender-Europe 20” já tinham sido colocados a bordo de aviões ou de barcos com destino à Europa.
No total, 6.000 soldados e 3.000 peças de equipamentos militares chegaram à Europa e 9.000 veículos foram posicionados em zonas de treino na Alemanha.
“Globalmente, e apesar dos ajustamentos no exercício devido à covid-19, foram alcançados numerosos objetivos estratégicos [do exercício]”, concluíram as Forças Armadas dos Estados Unidos.
No decurso dos próximos meses estão programadas outras operações para utilizar os recursos mobilizados para a “Defender-Europe 20”, que inicialmente previa o envio para a Europa de 20.000 soldados norte-americanos e uma movimentação militar da Ucrânia até aos Estados do Báltico, um desafio logístico e uma mobilização de recursos excecionais num reflexo do novo cenário estratégico motivado pela anexação da península da Crimeia pela Rússia em 2014.