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Inflação em Moçambique sobe ligeiramente para 2,9% este ano - Oxford Economics

A consultora Oxford Economics considerou hoje que a taxa de inflação em Moçambique deverá ficar nos 2,9% este ano e que a taxa de juro tem margem para descer de 11,25% para 11%.

Inflação em Moçambique sobe ligeiramente para 2,9% este ano - Oxford Economics
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"Moçambique é um importador da maioria dos bens de consumo e, consequentemente, uma moeda mais fraca é fortemente associada com preços mais altos; as perturbações na cadeia de distribuição e a consequente escassez de produtos devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus vai fazer subir os preços temporariamente de certos produtos de consumo, e por isso prevemos uma inflação média de 2,9% este ano, ligeiramente acima dos 2,8% de 2019", escrevem os analistas.

Numa nota sobre a inflação no país, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a Oxford Economics lembra que o metical desvalorizou-se 6% desde o início do ano e adianta que considera que existe margem para o banco central descer a taxa de juro de referência durante 2020.

"Em abril, o comité de política monetária cortou a taxa em 150 pontos base, para 11,25%, devido a uma revisão significativa das previsões económicas e para apoiar a procura interna durante a pandemia; acreditamos que o ambiente benigno de inflação, a fraca previsão de crescimento económico e as altas taxas de juro dão ao comité espaço suficiente para baixar a taxa em mais 250 pontos base este ano", concluem os analistas.

A inflação média a 12 meses em Moçambique fixou-se em 2,73% em abril, face a 2,72% em março, de acordo com os dados publicados na terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O indicador mantém-se assim na casa dos 2,7% desde novembro de 2019.

Na comparação mensal, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou um agravamento de 0,52% face ao mês anterior, contribuindo para uma inflação homóloga de 3,32% - ligeiramente acima da inflação homóloga de 3,09% registada em março.

A inflação homóloga está na casa dos 3% desde dezembro.

A alimentação, bebidas não alcoólicas e transportes foram os produtos que mais contribuíram para a inflação registada em abril, segundo o boletim do IPC.

Os valores do Instituto são calculados a partir das variações de preço de um cabaz de bens e serviços, com dados recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e Nampula.

O banco central moçambicano tem referido desde março que “as perspetivas de inflação para o médio prazo continuam favoráveis, porém, o agravamento do risco da pandemia de covid-19 exige que o sistema financeiro esteja suficientemente preparado, com liquidez necessária, para dar resposta célere aos possíveis efeitos negativos”.

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