Um golo irregular do uruguaio Cristian Rodriguez empurrou hoje o FC Porto para a vitória no reduto do Sporting de Braga (2-0) e o sétimo título consecutivo de “campeão de Inverno” da Liga portuguesa de futebol.
A equipa comandada por Jesualdo Ferreira acaba a primeira volta do campeonato na frente, aproveitando os deslizes dos seus mais directos rivais, enquanto o Sporting de Braga voltou a perder com um “grande”, depois da polémica derrota na Luz, na jornada anterior.
A verdade é que os comandados de Jorge Jesus também podem queixar-se da arbitragem de Paulo Costa, uma vez que o primeiro golo portista é precedido de um fora de jogo de Hulk e, aos 71 minutos, ficou por marcar uma grande penalidade de Cissokho sobre Alan.
Os bracarenses queixam-se ainda de mais dois penaltis não assinalados, por falta de Helton sobre Meyong, aos 80 minutos, e por mão de Guarín na área, um minuto depois, dois lances mais difíceis de ajuizar.
Ainda assim, vitória justa do FC Porto, muito por causa do seu poderio ofensivo e de um Hulk num “super” momento de forma.
Jesualdo Ferreira voltou a colocar em campo os mais fortes, depois de dar minutos a jogadores menos utilizados no jogo da Taça da Liga, domingo último, face à Académica.
A única alteração que o treinador portista operou em relação ao último jogo para a Liga, no empate caseiro ante o Trofense (0-0), foi a entrada do reforço de Inverno, Cissokho (ex-Vitória de Setúbal), para o lado esquerdo da defesa, em vez de Benitez.
Jorge Jesus repetiu o “onze” que alinhou no Estádio da Luz, ante o Benfica.
Os primeiros 15 minutos foram de domínio da equipa da casa, sempre a explorar as alas, mas o FC Porto começou a equilibrar a contenda, muito por acção do temível Hulk.
Aos 20 minutos, Fucile aproveitou um excelente trabalho de Hulk na esquerda, centrou e, novamente Hulk, mas em fora-de-jogo, amorteceu para Rodriguez, que trabalhou bem e rematou para o fundo da baliza.
O segundo golo da turma portista surgiu aos 32 minutos, depois de um mau atraso de Alan para Moisés, que o defesa central não interceptou, permitindo que Lisandro, nas suas costas, se isolasse e marcasse facilmente perante um desamparado Eduardo.
Aos 42 minutos, uma cavalgada impressionante de Fucile pela direita quase resultou no terceiro golo do FC Porto, mas após vários ressaltos, em Eduardo, no poste e em Hulk, a bola sobrou para Tomás Costa, que marcou mesmo, mas o golo foi anulado por posição irregular do argentino.
No reatamento, Jesus alargou a frente de ataque, colocando Meyong e Matheus nos lugares de César Peixoto e Mossoró, mas podia ter sido o FC Porto a voltar a marcar, quando Tomás Costa, de cabeça e após grande passe de Raúl Meireles, errou por pouco o alvo.
Aos 52 minutos, Renteria trabalhou bem na área, mas rematou muito mal, e, aos 58, foi a vez do defesa esquerdo do FC Porto ter uma arrancada fantástica: Cissokho foi “eliminando” adversários, quatro, em corrida, e Lisandro atrapalhou-se e não marcou.
A melhor oportunidade de golo do Sporting de Braga surgiu aos 77 minutos, mas Helton impediu com uma grande defesa o golo ao recém entrado Orlando Sá.
Além dos lances de possível grande penalidade, no espaço de um minuto, o Sporting de Braga não criou mais perigo de monta até ao final da partida.