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Leya põe autores em contacto com alunos, outras editoras oferecem contos e atividades

Alice Vieira, António Mota e Isabela Figueiredo são alguns dos autores portugueses que vão estar à conversa com alunos de escolas de todo o país, em direto, através de uma plataforma 'online', numa iniciativa do grupo editorial Leya.

Leya põe autores em contacto com alunos, outras editoras oferecem contos e atividades
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Esta iniciativa, que leva os escritores de “regresso” às escolas, teve uma primeira experiência em abril, com um encontro na plataforma Zoom, entre o escritor Afonso Reis Cabral – autor de “O meu irmão” e “Pão de açúcar” e vencedor dos prémios Leya e Saramago - e mais de 90 alunos de uma escola na Covilhã.

A experiência permitiu verificar a “abertura de professores e alunos para este tipo de sessão”, indicou o grupo editorial, revelando que está já em curso um programa de encontros ‘online’ de vários escritores com alunos de diversas escolas de Portugal continental e regiões autónomas.

Através destes encontros virtuais, é possível, de alguma forma, retomar o programa de “Encontros de Autor” nas escolas, uma iniciativa da Leya que levava escritores aos estabelecimentos escolares e que foi suspenso devido à pandemia de covid-19.

Tendo a primeira experiência corrido bem, a iniciativa avançou e, esta semana, decorreram já os primeiros encontros, que juntaram ‘online’ Afonso Reis Cabral e Sara Rodi com alunos de escolas de Coimbra e do Bombarral, respetivamente.

Ao todo, estão confirmados até ao momento 27 autores, sendo os próximos Alice Vieira, que conversará com alunos da Escola Secundária Manuel Gomes de Almeida, em Espinho, a 20 de maio, e com alunos das escolas EB234 Grão Vasco, em Viseu, e EB23 João Barros, no Seixal, a 22 de maio.

Estas escolas têm agendado para o mesmo dia um encontro 'online' também com Maria João Lopo de Carvalho.

No dia 22 de maio, o escritor António Mota encontrar-se-á com os alunos da Escola Guerra Junqueiro, em Freixo de Espada à Cinta, e a autora Rita Taborda Duarte estará em direto com alunos do Externato das Pedralvas, em Lisboa.

Ana Maria Magalhães, Carla Maia de Almeida, Isabel Zambujal, Joana Bértholo, Miguel Real, João Pinto Coelho, José Fanha e João Pedro Mésseder são outros dos autores com presença ‘online’ já confirmada.

Outras editoras têm em curso iniciativas dirigidas aos alunos, embora num registo diferente, como é o caso da Presença, que afirma estar a preparar atividades das séries Geronimo Stilton e Homem-Cão, recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura (PNL), para disponibilizar em formato digital às escolas, educadores e às crianças.

A Gradiva não tem atividades diretamente dirigidas aos alunos, mas tem aconselhado livros “que podem contribuir para a atividade dos professores e para a aquisição de conhecimento dos alunos”, como “'Os Lusíadas' para gente nova”, de Vasco Graça Moura, ou as bandas desenhadas de cariz histórico-científico dedicadas a figuras históricas como Winston Churchill, Fernão de Magalhães ou Charles Darwin, entre outros.

A Planeta Tangerina não tem previstas atividades ‘online’ com alunos das escolas, mas sabe que alguns dos seus livros têm sido usados nas Horas de Leitura da telescola, como é caso dos livros “Cá dentro” ou “As mãos e os livros”, disse a escritora Isabel Minhós Martins, cofundadora da editora.

Por isso, o 'site' da Planeta Tangerina disponibiliza PDF com atividades para alguns dos livros editados, que podem ser desenvolvidas com as crianças com a participação ou intermediação de pais, educadores ou professores, explicou.

Neste período de pandemia, a editora de livros infanto-juvenis disponibilizou também algumas folhas de atividades mais autónomas, como jogos, que tem partilhado nas redes sociais.

“Recebemos todos os dias pedidos de autorização para as nossas histórias serem contadas 'online' (estes pedidos chegam de associações, como a Nuvem Vitória, bibliotecas municipais de todo o país, contadores de histórias portugueses e brasileiros, etc.). A todos temos concedido essa autorização, atendendo ao período excecional em que vivemos”, contou Isabel Minhós Martins.

A Pato Lógico está por enquanto a divulgar apenas programação aberta a todos, mas, segundo o ilustrador, e fundador da editora, André Letria, está a ser preparado “outro tipo de interação mais específica com escolas ou bibliotecas”, que possa dar seguimento à atividade de serviço educativo desta editora infanto-juvenil.

A Porto Editora afirma que não está a desenvolver agora atividades especificamente direcionadas para os alunos – por uma “gestão muito criteriosa, para evitar a sobrecarga das escolas, dos professores e dos alunos” -, mas sendo detentora da plataforma de ensino à distância “Escola virtual”, disponibiliza nessa página vídeos com autores, peças de teatro e outras atividades.

“A essa oferta, acresce o envolvimento que temos conseguido com a comunidade escolar e com as famílias através de iniciativas como a 'Hora do Conto', que acontece todos os fins de semana nas páginas de Facebook e Instagram da Porto Editora”, acrescentou.

Dentro deste âmbito mais generalista, também a Penguin Random House - grupo que detém a Alfaguara, a Companhia das Letras, Nuvem de Tinta e Nuvem de Letras – tem estado a promover leituras de contos 'online', pelos autores.

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