A bolsa nova-iorquina fechou hoje em alta, depois de uma sessão de altos e baixos, marcada pela divulgação de indicadores contrastados sobre a economia norte-americana e um aumento da tensão entre a China e os EUA.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average valorizou 0,25%, para os 23.685,42 pontos, e o tecnológico Nasdaq ainda mais, com 0,79%, para os 9.014,56.
O alargado S&P500 ganhou 0,39%, para as 2.863,70 unidades.
No conjunto da semana, o Dow Jones cedeu 2,7%, o Nasdaq perdeu 1,2% e o S&P500 recuou 2,3%.
Hoje, os índices começaram por cair fortemente com a divulgação de estatísticas a refletirem o efeito devastador das medidas de desconfinamento a propagação da doença da covid-19.
As vendas retalhistas nos EUA caíram acentuadamente (16,4%) em abril, sempre afetadas pelos encerramentos forçados de armazéns não essenciais.
Por sua vez, a produção industrial caiu 11,2% em abril, no conjunto do país.
Contudo, um sinal encorajador veio da confiança dos consumidores nos EUA, que melhorou no início de maio, segundo um inquérito da Universidade do Michigan, que atribuiu este otimismo às ajudas governamentais recebidas para enfrentar o impacto económico da pandemia.
Os índices recuperaram depois da difusão deste indicador durante a sessão.
“Em todas as semanas se diz que se vai ter o início de uma descida acentuada e o mercado não acaba de nos espantar”, observou Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.
Tem sido o apoio aparentemente incondicional do banco central norte-americano que apoia os índices, na sua opinião.
Por um lado, a instituição não para de injetar liquidez no mercado para garantir o seu bom financiamento.
Por outro lado, a Reserva Federal garantiu que iria comprar obrigações de empresas se houvesse problema. “Já não há preocupações com as empresas solventes, o que faz subir as suas ações”, explicou Volokhine.
Não obstante, os investidores foram perturbados no início da sessão por novas tensões entre a China e os EUA.
O governo de Donald Trump anunciou uma série de medidas para quebrar a capacidade do grupo chinês Huawei, que considera uma ameaça para a segurança nacional, de desenvolver semicondutores no estrangeiro com tecnologia norte-americana.
As ações das multinacionais particularmente expostas se a China decidir medidas de retorsão, como a Boeing (-2,06%) e a Apple (0,60%), fecharam com perdas.