Moçambique anunciou hoje ter detetado mais oito casos de infeção pelo novo coronavírus, elevando o total acumulado para 137, sem registos de mortes, e com 44 pessoas recuperadas, anunciaram hoje as autoridades de saúde.
Três dos oito casos de hoje foram detetados na península de Afungi, província de Cabo Delgado, em trabalhadores do recinto de construção do empreendimento de exploração de gás natural, todos homens, de 26, 31 e 57 anos de idade.
O empreendimento tem sido o local com maior número de casos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, detetados em Moçambique.
Outras três infeções dizem respeito a pessoas regressadas da África do Sul e detetadas em Maputo (uma mulher de 22 anos, em isolamento domiciliar em Inhambane), Matola (um homem de 34 anos) e Machaze, província de Manica (um homem de 35 anos).
Acusaram ainda positivo um homem de 32 anos na capital, Maputo, e uma mulher de 25 anos em Tete, capital provincial do interior oeste do país.
Dos oito casos hoje anunciados, cinco não têm sintomas, os outros três mostram sintomas ligeiros e todos estão em isolamento domiciliar.
Das onze províncias, em quatro ainda não há casos reportados: Niassa, Nampula (a mais populosa do país), Zambézia e Gaza, anunciaram as autoridades, corrigindo uma informação de sábado, que indicava um caso em Gaza.
Cabo Delgado tem um total acumulado de 84 casos, a cidade de Maputo regista 30, 11 na província de Maputo, oito em Sofala, dois em Inhambane, um em Tete e outro em Manica.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, admitiu na sexta-feira tomar medidas mais duras no âmbito do estado de emergência para prevenção da pandemia de covid-19, se persistir o incumprimento de algumas restrições, nomeadamente, se os níveis de circulação interna continuarem altos.
O estado de emergência vigora desde 01 de abril, tendo sido decretado até final daquele mês e depois estendido até ao final de maio.
"Os próximos 15 dias são decisivos para determinarmos qual será a nossa forma de estar depois desta segunda etapa", disse ainda, garantindo que "ainda não é momento para relaxar as medidas".
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou perto de 312 mil mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados..
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (mais de 2 milhões contra 1,8 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 121 mil contra mais de 165 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.