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O FC Porto venceu hoje o Belenenses por 3-1 e recuperou a liderança da Liga portuguesa de futebol, na 16ª jornada, em vésperas de dois compromissos importantes frente ao Sporting e ao Benfica.
A vitória do FC Porto, que terminou reduzido a dez unidades, por expulsão de Fucile aos 84 minutos, serviu de tónico para os tricampeões nacionais, que quarta-feira se apresentam no reduto do Sporting, nas meias-finais da Taça da Liga, e visitam a Luz no domingo, para a Liga.
O treinador do FC Porto, Jesualdo Ferreira, que colocou Rodriguez ao lado de Hulk, sabia a obrigação de vencer em Belém e controlou o jogo, mesmo permitindo que o Belenenses, que preencheu parte da semana com uma digressão desgastante a Angola, estabilizasse e chegasse a equilibrar no segundo tempo.
Num relvado em condições razoáveis, apesar da intempérie que se abateu sobre Lisboa de madrugada, o jogo foi mais exigente defensivamente para o Belenenses nos primeiros 30 minutos, com o FC Porto a obrigar o adversário a jogar recuado no terreno o jogo.
Foi um FC Porto dominador que ameaçou primeiro, com Rolando, regressado ao Restelo, a saltar mais alto do que Carciano e Rodrigo Arroz e a obrigar Júlio César a defender, aos três minutos.
A defesa dos anfitriões concedeu espaços e o FC Porto aproveitou para semear o pânico à procura do golo, que podia ter acontecido aos 10 minutos, com o brasileiro Hulk a assistir Mariano, obrigando Cândido Costa a ofecerer o corpo à bola para impedir que o remate visasse a baliza.
A resposta do Belenenses surgiu aos 13 minutos, numa das muitas ofensivas em que o lateral Tininho se incorpou no ataque e foi perto da área do FC Porto centrar para Marcelo, só que Bruno Alves acorreu e cedeu canto.
O ascendente do FC Porto, mais rápido e objectivo na gestão da bola e melhor nas disputas individuais, acabou por ter expressão com dois tentos num curto espaço de tempo.
O primeiro aos 21 minutos, com Mariano a fugir a Tininho e a endossar para Hulk marcar, com Júlio César ainda a tocar na bola e Mano a tentar evitar que esta ultrapassasse a linha de golo.
Volvidos dois minutos, Lucho centrou para Gonzalez, de cabeça no segundo poste, fazer o 2-0, resultado que poderia ter sido ampliado por Mariano por duas vezes (28 e 30 minutos) e por Raul Meireles (30).
Em desvantagem por 2-0, Jaime Pacheco procurou dar mais presença da equipa no meio do terreno, com as entradas de Ávalos e de Saulo, ambos reforços de Inverno, que se estrearam no Belenenses.
O Belenenses, com processos mais clarividentes do que na primeira meia hora, acabou por reduzir aos 35 minutos, através de um golo do brasileiro Saulo, que, minutos antes, tinha ameaçado com uma remate às malhas laterais.
A jogada do golo começou em José Pedro, que combinou bem com Saulo, oportuno a fazer a emenda, apesar de Rolando ainda ter tocado na bola, com Marcelo em posição alegadamente irregular, mas a não interferir na jogada.
Quase sobre o apito do árbitro para o intervalo, Helton esticou-se para evitar que o remate de cabeça de Rodrigo Arroz, após pontapé de canto de José Pedro.
O segundo período, com o terreno mais difícil, voltou a revelar um Belenenses a arriscar e, aos 64 minutos, a dispor de uma oportunidade soberana, com José Pedro a desembaraçar-se de Fucile e a centrar para Ávalos, em posição privilegiada, não ser bem sucedido no remate.
Jesualdo Ferreira, que deixou Lisandro no banco, pretendeu dar outro vigor ao ataque com a entrada de Farías e tentar desequilibrar novamente o jogo a favor do FC Porto.
Em resposta, Jaime Pacheco esgotou as substituições e com a troca de Marcelo por Roncatto (demorou a entrar no jogo) refrescou a frente de ataque, mas nem este último, nem Saulo conseguiram vencer a oposição dos defesas dos tricampeões nacionais.
Esteve mais perto o FC Porto de marcar, com Hulk, depois de tentar tirar Carciano do caminho, a encontrar Lucho no coração da área, mas o remate do argentino pecou pela perfeição e Júlio César encaixou a bola.
O treinador portista ainda deu minutos de jogo a Lisandro, que entrou para o lugar de Hulk, e festejou mais um golo, assinado por Lucho, com a defesa do Belenenses novamente a ''dormir'' e a deixar o argentino solto.
Antes do jogo terminar, Fucile entrou para as incidências do jogo ao ser expulso, aos 89 minutos, alegadamente por palavras dirigidas a um árbitro assistente.
O uruguaio já tinha sido admoestado com o cartão amarelo aos 40 minutos, o que o deixava de fora da recepção ao Benfica, mas com o vermelho poderá cumprir o castigo quarta-feira, no jogo com o Sporting, e actuar no Dragão no próximo domingo.
