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Covid-19: Governo angolano garante financiar indústria de fertilizantes e pesticidas

O ministro da Economia e Planeamento angolano desafiou hoje os empresários a montar no país a indústria de mistura de fertilizantes, de produção de pesticidas e de unidades de multiplicação de sementes, garantindo financiamento às iniciativas.

Covid-19: Governo angolano garante financiar indústria de fertilizantes e pesticidas
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Fertilizantes, sementes e pesticidas são matéria-prima que Angola ainda importa em grande quantidade para a produção agrícola.

Sérgio Santos falava hoje, em Luanda, na cerimónia de assinatura de memorandos entre o Instituto Nacional de Apoio Às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) angolano e operadores do comércio e distribuição e fornecedores de matérias-primas, no âmbito das medidas de alívio económico devido à covid-19.

"Precisamos ainda de importar matérias-primas que não são produzidas em Angola, os fertilizantes é um caso paradigmático, as sementes e os pesticidas também, mas queremos fazer esse anúncio que, paulatinamente, teremos que reduzir essa importação", disse.

Para a inversão do cenário de importação, o governante convidou os empresários para edificação de indústria para mistura de fertilizantes, de indústria química para produção de pesticidas, bem como para montagem de unidades de multiplicação de sementes.

Sem revelar quanto o Estado angolano gasta com a importação de fertilizantes e das restantes matérias-primas para a agricultura, Sérgio Santos assegurou "apoios com outras linhas de financiamento àqueles que queiram e tenham capacidade para montar essas unidades no país".

"Porque o país precisa de fertilizantes, se não feitos, pelo menos misturados aqui", notou.

Em relação aos memorandos para financiamento assinados hoje entre os operadores e o INAPEM no âmbito da linha de crédito do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) de 17,6 mil milhões de kwanzas (cerca de 30 milhões de euros), o governante agradeceu os empresários pela participação no processo.

"As medidas de alívio económico que o executivo apresentou estão agora a materializar-se, por isso agradecemos aos empresários que se juntarem a essas medidas para concretizarmos, porque nesta situação muito difícil as empresas e famílias precisam de verdadeiras ações a acontecer", frisou.

A necessidade de um melhor controlo e acompanhamento das linhas de crédito no âmbito das medidas de alívio económico definidas pelo Governo também foram assinaladas pelo governante, referindo que o mesmo será feito pelo INAPEM.

Angola conta com 60 casos confirmados da covid-19, nomeadamente 39 casos ativos, 18 recuperados e três óbitos.

O país cumpre terceira prorrogação do estado do estado de emergência que estende até 25 de maio.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 330 mil mortos e infetou mais de cinco milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.

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