O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou hoje que os sociais-democratas «a seu tempo» tomarão uma posição sobre as presidenciais, argumentando que Marcelo Rebelo de Sousa «ainda não se disponibilizou totalmente» para uma recandidatura.
Rui Rio falava antes de um almoço com o Presidente da República, na Base Aérea/Aeródromo de Manobra N.º 1 de Ovar, no distrito de Aveiro, depois de ter ouvido Marcelo Rebelo de Sousa elogiar a sua atuação neste período de pandemia de covid-19, que qualificou de "exemplar" e com reconhecimento "em inúmeros países".
Questionado sobre as eleições presidenciais de 2021, Rui Rio começou por responder: "Eu não vou falar disso aqui no campo de aviação. E o PSD ainda não abordou a questão das presidenciais".
"No caso concreto, e agora não do Presidente da República, mas o senhor professor Marcelo Rebelo de Sousa publicamente também ainda não se disponibilizou totalmente para a candidatura. Portanto, a seu tempo o PSD obviamente vai abordar e vai ter uma posição relativamente às presidenciais", acrescentou.
Interrogado se não teme que o PSD venha a declarar apoio ao seu antigo líder Marcelo Rebelo de Sousa demasiado tarde, Rui Rio retorquiu: "Uma das coisas que a vida nos ensina é a gestão do tempo. E uma coisa com que eu tenho sempre muito cuidado é na gestão do tempo".
Na quarta-feira da semana passada, durante uma visita à Volkswagen Autoeuropa, o primeiro-ministro, António Costa, manifestou a expectativa de esperar regressar àquela fábrica com o atual Presidente da República já num segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, contando, portanto, com a sua recandidatura e reeleição.
"Nós vamos ultrapassar esta pandemia e os efeitos económicos e sociais este ano, no ano que vem, nos anos próximos. E eu cá estarei, e cá estaremos todos, porque isto é um espírito de equipa que se formou e que nada vai quebrar. Cá estaremos este ano e nos próximos anos a construir um Portugal melhor", declarou, em seguida, Marcelo Rebelo de Sousa.
Hoje, o presidente do PSD escusou-se a comentar as palavras do primeiro-ministro e secretário-geral do PS na Autoeuropa: "Fez aquilo que entendeu que devia fazer e não tenho de apreciar, de fazer qualquer espécie de apreciação".