loading

Só nove das 126 transferências de Inverno não foram a «custo zero»

Apenas sete por cento das 126 mudanças de futebolistas no ''mercado de Inverno'' em Portugal envolveram transferências monetárias, num evidente sinal de prudência por parte dos clubes da Liga e Liga de Honra.

Só nove das 126 transferências de Inverno não foram a «custo zero»
Futebol 365

A crise económica mundial, com naturais reflexos em Portugal, arrefeceu a tendência gastadora dos clubes portugueses dos últimos anos, com lucro evidente nas mudanças: foram gastos 1.2 milhões e arrecadados 3.3 (2.1 de benefícios).

Das 126 mudanças (82 envolvendo clubes da Liga principal e 44 apenas da Liga de Honra), somente nove mereceram transferências monetárias, incluindo os empréstimos de Makukula (do Benfica para o Bolton) e de Pelé (do FC Porto para o Portsmouth).

Artur Fernandes, empresário licenciado pela FIFA e presidente da Associação Nacional de Agentes de Futebol (ANAF), explicou à Agência Lusa o novo panorama no mercado de transferências e alertou para o facto da crise económica impedir os clubes de esbanjarem recursos financeiros na ''janela'' de Janeiro.

''Os clubes portugueses, naturais vendedores para o estrangeiro, sentem que as formações internacionais também estão mais receosas e isso reflecte-se depois nas transferências em Portugal'', disse Artur Fernandes, em declarações à Agência Lusa.

O empresário reconheceu que os clubes têm ''consciência que a crise está para durar'' e revelou estar a criar-se um novo tipo de mercado, com recurso a trocas, empréstimos e rescisões a meio das temporadas.

''Estamos perante um novo tipo de mercado e é necessário que os clubes se adaptem a esta nova forma de transacções. Há, claramente, uma total falta de investimento''.

A transferência mais cara envolvendo um jogador em Portugal foi a de Makukula para os ingleses do Bolton: 800 mil euros e por empréstimo até final da temporada, logo seguida de Pelé (650 mil).

De resto, o mercado em Portugal tem sido pautado pela prudência: o Vitória de Guimarães tem ''mexido'', embora com pouco investimento, já que apenas o angolano Santana Carlos foi resgatado num negócio envolvendo dinheiro.

Os vimaranenses pagaram cerca de 400 mil euros ao Petro de Luanda, valor semelhante ao recebido pela transferência de Momha para os turcos do Gençlebirligi.

O FC Porto, único ''grande'' a comprar, foi buscar o lateral esquerdo Cissokho ao Vitória de Setúbal (300 mil euros, por 60 por cento do passe), Andres Madrid por empréstimo ao Braga e Miguel Lopes ao Rio Ave (para a próxima época), enquanto o Sporting de Braga investiu 500 mil em Yazalde (ex-Varzim), colocando-o depois a rodar no Rio Ave.

Nas 82 mexidas já realizadas em clubes da Liga principal, apenas oito envolveram dinheiro.

Na Liga de Honra, o cenário é idêntico e apenas a União de Leiria conseguiu realizar algum capital directo, com a venda do guarda-redes brasileiro Fernando ao Vasco.

As restantes mudanças (43) aconteceram a custo zero.

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Quem reforçou-se melhor no mercado?