O número de infeções por covid-19 na Guiné-Bissau aumentou hoje para 1.178, mantendo-se em seis o número de vítimas mortais, disse o Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) guineense.
"Nas últimas 48 horas foram detetados 64 novos casos de covid-19 no país", afirmou o coordenador do COES, Dionísio Cumba, na conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia no país, que não se realizou sábado devido a atrasos no trabalho do Laboratório Nacional de Saúde Pública.
O médico guineense disse também que o número de recuperados se mantém nos 42.
Em relação aos internamentos hospitalares, Dionísio Cumba confirmou que há 14 pessoas em estado grave.
"Há 12 em estado grave no Hospital Nacional Simão Mendes (em Bissau) a precisar de oxigénio, e dois em estado muito crítico no hospital de Cumura", disse.
Um dos internados no hospital de Cumura em estado crítico é um cidadão português que está infetado com covid-19 e sofre de outras doenças.
Em relação ao internamento comunitário, o médico guineense, que dirige também o Laboratório Nacional de Saúde Pública, esclareceu que permanecem em duas unidades hoteleiras de Bissau 53 pessoas, muitas das quais poderão ter alta ainda hoje.
No âmbito do combate à pandemia, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, decretou o estado de emergência até 26 de maio e o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00 no país.
Além daquelas medidas, as pessoas só podem circular entre as 07:00 e as 14:00 locais.
Em África, há 3.246 mortos confirmados em mais de 107 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.178 casos e seis mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (719 casos e sete mortos), Cabo Verde (371 casos e três mortes), São Tomé e Príncipe (291 casos e 11 mortos), Moçambique (168 casos) e Angola (61 infetados e quatro mortos).
O país lusófono mais afetado pela pandemia é o Brasil, com 22.013 mortos e mais de 347 mil contaminados, sendo o segundo do mundo em número de infeções, atrás dos Estados Unidos (1,6 milhões) e à frente da Rússia (335 mil).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 342 mil mortos e infetou mais de 5,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de dois milhões de doentes foram considerados curados.