Duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas em tumultos após as autoridades interromperem a celebração do fim do Ramadão devido às restrições do estado de emergência face à covid-19 na província de Niassa, disse hoje fonte policial.
O incidente ocorreu na segunda-feira quando cerca de 200 pessoas tentaram vandalizar um posto da polícia em Lichinga, capital provincial, após as autoridades terem proibido o grupo de celebrar o fim do Ramadão numa mesquita local em cumprimento das regras do estado de emergência, disse hoje à Lusa Alves Mathe, porta-voz da polícia moçambicana em Niassa, Norte de Moçambique.
"Na tentativa de vandalizar o posto, a polícia foi obrigada a efetuar disparos para o ar e cinco pessoas foram atingidas por balas perdidas", tendo resultado em dois óbitos, disse Alves Mathe.
A vítimas perderam a vida no Hospital Provincial de Lichinga.
Além dos dois óbitos, outras três pessoas foram feridas por balas e uma ficou ferida durante os tumultos.
"Infelizmente, os crentes partiram para cima da polícia com tudo o que tinham, pedras e outros instrumentos", disse Alves Mathe.
Segundo o porta-voz da polícia, durante a confusão no posto policial, um outro grupo, supostamente encabeçado pelo líder de uma mesquita local, incendiou a casa de um régulo da região por motivos ainda desconhecidos.