O presidente do PSD afirmou hoje que o Governo estima que as necessidades adicionais de financiamento vão atingir os 13 mil milhões de euros até ao final do ano, com o PIB a cair 7%.
Rui Rio avançou com estas estimativas no final de uma reunião de duas horas e meia com o primeiro-ministro, em São Bento, sobre o Orçamento Suplementar e sobre o Programa de Estabilização Económico e Social, diplomas que o Governo pretende entregar em junho na Assembleia da República.
"Aquilo que nos foi transmitido é que o Produto Interno Bruto (PIB) terá uma queda em termos reais de 7%, o que é muito. Será 7% se nós medirmos por aquilo que foi o PIB de 2019. Ora, com esta queda, todos os indicadores que se referenciam ao PIB vão ser piores do que é dito", advertiu o líder social-democrata.
Perante a queda do PIB nesta dimensão em 2020, Rui Rio adiantou que o financiamento adicional exigível pelo Estado Português será "na ordem dos 13 mil milhões de euros".
"É efetivamente muito dinheiro. O Governo diz que tem uma estratégia no sentido de captar esses 13 mil milhões de euros que são precisos este ano para fazer face a toda a despesa", declarou o presidente do PSD.
Pela parte do PSD, além de Rui Rio, estiveram na reunião os dirigentes sociais-democratas David Justino e Adão Silva, com o Governo a fazer-se representar por António Costa, pelos ministros de Estado Pedro Siza Vieira (Economia), Mário Centeno (Finanças) e Mariana Vieira da Silva Presidência), e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.