O Presidente dos Estados Unidos rejeitou na terça-feira a interferência do Twitter na «liberdade de expressão» que a rede social exerceu diretamente contra um texto publicado, através do novo processo de verificação de mensagens.
"O Twitter está a interferir nas eleições presidenciais de 2020. Dizem que a minha declaração sobre o voto pelos correios vai provocar atos de corrupção e fraude, é incorreto, baseando-se em verificações de notícias falsas", escreveu Donald Trump.
"O Twitter está a reprimir por completo a liberdade de expressão e eu, como Presidente, não o vou permitir", acrescentou Trump no mesmo texto difundido no próprio Twitter.
A rede social assinalou, pela primeira vez, na terça-feira, uma mensagem de Donald Trump após um processo de verificação de informação, um procedimento que nunca tinha sido aplicado ao chefe de Estado norte-americano.
O alerta do Twitter ocorreu depois de Trump ter difundido uma mensagem em que assegurava que o voto por correspondência para as presidenciais de novembro nos Estados Unidos pode ter consequências fraudulentas.
Trump reagiu desta forma à decisão do governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, de enviar boletins de voto por correspondência a todos os eleitores registados no Estado, como medida excecional para a votação no contexto da atual pandemia de covid-19.
A rede social Twitter colocou junto do texto de Trump a mensagem "aceda aqui a todas as informações sobre a votação por correspondência".
Ao aceder ao alerta associado à mensagem de Trump, a rede social conduz o utilizador para outra página dentro da aplicação com o alerta "Trump afirma sem provas que o voto por correspondência vai derivar em fraude eleitoral", citando notícias sobre o assunto transmitidas pela estação de televisão CNN ou pelo jornal Washington Post.
O Twitter é a rede social mais utilizada por Trump, através da qual comunica diretamente com os simpatizantes, sem passar pelo filtro do jornalismo.
Trump tem 80 milhões de seguidores no Twitter.