O treinador de futebol do Sporting, Paulo Bento, admitiu hoje ser ''motivo de orgulho'' o alegado interesse de clubes estrangeiros pelo seu trabalho, mas reafirmou que isso não vai desviá-lo do objectivo traçado de ser campeão.
''É um assunto do qual não quero falar. Há coisas mais importantes do que a minha situação. Logicamente que é motivo de satisfação e orgulho saber que há clubes que observam o meu trabalho. Mas isso vem daquilo que tem sido feito no Sporting, de treinar um grande clube'', disse Paulo Bento, que termina o contrato com o clube ''leonino'' no final da época.
O técnico falava na Academia de Alcochete na habitual conferência de imprensa de antevisão do jogo da 17ª jornada da Liga, domingo, pelas 19:00, em Alvalade, quando os ''leões'' receberem o Sporting de Braga.
Paulo Bento reafirmou que a sua situação contratual ''não é importante'' e que um treinador (ou jogador) tem de ser profissional, independentemente de ter mais três ou quatro anos de contrato pela frente ou de este estar a terminar.
''Tenho as coisas claramente definidas com o Sporting e em relação ao que tem de ser feito. Na minha opinião não faria sentido estar a renovar quando o actual presidente não se recandidata. Vamos continuar a trabalhar com seriedade e profissionalismo e respeitar os valores desta instituição e, quando chegar o momento (após eleições e entrada de uma nova administração e presidente), resolver a situação'', disse.
Lembrou ainda que o trabalho com os jogadores desde Outubro de 2005 (quando assumiu o cargo de ténico principal do clube) o ''ajudou a evoluir e crescer como treinador''.
A imprensa desportiva noticiou sexta-feira que o treinador do Sporting está referenciado e é apreciado por responsáveis do Atlético, onde jogam os internacionais portugueses Simão e Maniche, embora Ángel Gil Marín, administrador delegado dos ''colchoneros'', tenha afirmado ''não existir qualquer contacto oficial com ele (Paulo Bento) para que possa vir a ser técnico do Atlético de Madrid''.
O actual treinador ''leonino'' jogou quatro anos em Espanha, no Real Oviedo, foi campeão nacional pelo Sporting em 2001/2002 e assumiu o comando da equipa principal do clube em Outubro de 2005, vencendo duas Taças de Portugal e duas Supertaças desde então.