Covid-19: Paralisada construção de fábrica de grafite no norte de Moçambique

"Os trabalhadores chineses necessários para a construção não conseguem voar da China para Moçambique devido ao encerramento da maior parte das fronteiras de Moçambique, sob o atual estado de emergência", disse Sérgio Igua, administrador distrital de Nipepe, citado pela Rádio Moçambique.

No total, 55 chineses, entre engenheiros e outros profissionais, aguardam pelo fim das medidas de restrição para o viajar para o norte de Moçambique.

O custo da obra é de 50 milhões de dólares (45 milhões de euros) e está a cargo da empresa chinesa DH Mining, que acredita que existam reservas de grafite de mais de cinco milhões de toneladas em Nipepe.

O diretor da empresa, Sang Shong, disse que a extração e processamento de grafite deve começar no próximo ano e há reservas suficientes para operar por 20 anos, o que vai criar 450 empregos em Nipepe.

Segundo as últimas atualizações, Moçambique tem 227 casos de infeção pelo novo coronavírus, um morto e 71 pessoas recuperadas.

Desde que foi decretado o estado de emergência, em 01 de abril, o país vive com várias restrições: espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se à população que fique em casa, se não tiver motivos de trabalho ou outros essenciais para tratar, além da suspensão da emissão de vistos.

O Governo deverá anunciar esta semana os próximos passos depois de decretado o estado de emergência em abril e prorrogado até 30 de maio.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 350 mil mortos e infetou mais de 5,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Cerca de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.