Um conjunto de «ofensas pessoais» estão na base de uma queixa-crime que o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, apresentou hoje contra Paulo Lopo, presidente da SAD do Leixões.
Em causa, declarações que “colocam em causa o bom nome, honra e dignidade” de Evangelista, “ofensas essas que se traduziram, além das calúnias, em insultos inaceitáveis”, conforme refere o Sindicato dos Jogadores.
“O dirigismo não pode continuar a ser isto. Um presidente do Sindicato que desconhece as leis e engana, sistematicamente, os jogadores. Um oportunista que planta, sistematicamente, notícias em jornais para, posteriormente, ter espaço mediático. São estes artistas, sem bola, que o futebol precisa de erradicar. Deixe, de uma vez por todas, de andar em busca do tacho e afaste-se, de vez, do futebol português”, escreveu Paulo Lopo na rede social Facebook.
Em causa, o diferendo motivado pelo ‘lay-off’ decidido pela SAD matosinhense após a paragem do futebol, aproveitando a medida do Estado para aliviar os custos das massas salariais em tempos de crise financeira motivada pela pandemia da covid-19.
O organismo que representa os futebolistas entende que este ataque “visou ainda mobilizar os adeptos contra o presidente do sindicato, numa clara promoção do ódio”.
“As referidas calúnias e insultos tiveram repercussão na imprensa nacional e internacional e afetaram gravemente a imagem e bom nome do presidente do Sindicato dos Jogadores, em todos os seus círculos profissionais”, realça a entidade.
Joaquim Evangelista é também membro do Conselho Nacional do Desporto e da direção da Divisão Europa da FIFPro, assim como de árbitro na Câmara de Resolução de Disputas da FIFA e membro indicado pela FIFPro para o Conselho Estratégico da UEFA.
“Face ao sucedido, Joaquim Evangelista avançou com a respetiva queixa-crime e participação disciplinar, e exigirá a reparação de todos os danos causados pelas declarações de Paulo Lopo, montante que desde já declara que irá doar a uma causa social, a definir”, informa, em comunicado.
O sindicato insiste que, além da “defesa pessoal”, esta ação serve para “exigir respeito e promover a responsabilidade dos dirigentes no futebol português”.
A entidade defende que esta “deve conviver com o pluralismo de opiniões e respeitar a integridade das instituições, definindo os limites que, neste caso, foram claramente ultrapassados”.