A Liga italiana vai tornar-se em 20 de junho o 25.º de 27 campeonatos futebolísticos europeus a serem retomados em plena pandemia de covid-19, numa tendência seguida em Portugal e com aceitação diferenciada no ‘big five’.
No plano de desconfinamento face ao novo coronavírus, o ministro do Desporto de Itália, Vincenzo Spadafora, autorizou hoje a realização à porta fechada dos 124 jogos da principal competição futebolística transalpina, suspensa desde 09 de março, quando a octocampeã Juventus seguia na liderança, com 63 pontos, um acima da Lazio.
A ‘Serie A’ conta com o treinador português Paulo Fonseca (AS Roma) e os jogadores Cristiano Ronaldo (Juventus), Jorge Silva (Lazio), Mário Rui (Nápoles), Rafael Leão (AC Milan), Miguel Veloso (Hellas Verona), Bruno Alves (Parma) ou Vasco Oliveira (Génova).
Itália vai reiniciar o campeonato um dia antes da Rússia (dia 21), intercalando com o arranque atrasado da temporada na Islândia (13), Noruega (16) e Finlândia (01 de julho), após os regressos consumados nas Ilhas Faroé (09 de maio), Alemanha (16), Estónia (19), Arménia, Hungria e República Checa (23) e Dinamarca (28).
Já Portugal definiu na sexta-feira que disputará as 10 jornadas finais da I Liga a partir de 03 de junho, no mesmo dia da Albânia e antes de Bulgária e Eslovénia (dia 05), Grécia (06), Espanha (08) e Turquia (12), que seguem no encalço de países como Polónia (29), Croácia, Israel, Lituânia, Sérvia e Ucrânia (30), Montenegro (01 de junho) e Áustria (02).
A bola volta a rolar num contexto excecional em quase todas as latitudes, com limitação de intervenientes, uso massivo de máscara e sucessivos testes de despistagem ao novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, que aportou consequências sem precedentes no desporto e adiou por um ano o Euro2020 e a Copa América de seleções.
Depois de Alemanha e Espanha, a Itália será o terceiro país das cinco Ligas europeias de topo a agendar os jogos da reta final de 2019/20, enquanto os clubes ingleses já voltaram aos treinos coletivos e devem competir a partir de 17 de junho, numa data provisória a aguardar por ‘luz verde’ do Governo de Boris Johnson e das autoridades sanitárias locais.
A refletir no arranque da próxima época já estão os emblemas franceses, depois de terem assistido à conclusão prematura do futebol profissional em 30 de abril, com campeões declarados, vagas europeias definidas e aplicação do regime de subidas e descidas, desfecho verificado mais tarde na Bélgica (15 de maio) e na Escócia (dia 18).
Os Países Baixos foram a primeira nação europeia a apressar o fim das provas, em 24 de abril, mas sem títulos, promoções e despromoções, tal como Gibraltar (07 de maio), ao passo que as Ligas de Luxemburgo (28 de abril) e do Chipre (15 de maio) irão sofrer um alargamento transitório em 2020/21, em função da existência de clubes promovidos.
Excetuando a resistência de Bielorrússia, Burundi, Nicarágua, Taiwan e Turquemenistão, quase todos os campeonatos pararam desde meados de março por causa do surto viral detetado em dezembro na China, onde o futebol continua sem retoma oficializada, à semelhança de Brasil, Estados Unidos, Roménia, Suécia ou Suíça.