Um primeiro carregamento de medicamentos de emergência para reforço do sistema de saúde timorense no combate à covid-19, comprados pelo Governo através do PNUD, chegou hoje a Díli.
Os medicamentos, adquiridos no mercado internacional pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), foram formalmente entregues ao Governo, representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros demissionário, Dionísio Babo Soares.
O responsável do PNUD em Timor-Leste, Munkhtuya Altangerel, disse que o primeiro de vários carregamentos esperados, inclui medicamentos necessários para “responder à emergência da covid-19 no país”.
“Este primeiro carregamento contém medicamentos comprados a fornecedores na China e em vários países da Europa”, acrescentou, na cerimónia de entrega do material.
“O PNUD continua a trabalhar com o Governo no processo de compra para garantir a boa qualidade do material médico, equipamento e medicamentos, não apenas para a resposta à covid-19, mas para apoiar o Ministério da Saúde no reforço das infraestruturas de saúde em termos gerais”, adiantou.
Por seu lado, Dionísio Babo saudou o apoio do PNUD na compra do material, frisando que permite “responder melhor à covid-19, caso haja situações de transmissão local”.
Atualmente sem casos ativos da covid-19, Timor-Leste registou um total 24 doentes, já todos recuperados.
O país está no início do terceiro mês de estado de emergência.
Os medicamentos foram comprados pelo Governo timorense com apoio do PNUD, no âmbito de um acordo no valor de 5,8 milhões de dólares (5,3 milhões de euros) para adquirir equipamento e medicamentos para o combate à covid-19.
A lista de compras inclui material para recolha de amostras, testes rápidos, luvas, máscaras, batas e outro material de proteção pessoal, 50 oxímetros, até 500 ventiladores de vários tipos, monitores, esterilizadores e unidades para manutenção de pressão respiratória.
Fazem ainda parte da lista incubadoras, desfibrilhadores, dez ECG e vários medicamentos usados para o tratamento da covid-19, incluindo paracetamol, azithromicina, hidroxicloroquina, bem como material antissético, consumíveis e oxigénio, entre outros.
Com base no acordo, assinado a 01 de abril, Timor-Leste fez uma transferência no valor total da compra, comunicou a listagem de bens e produtos pretendidos, e coube ao PNUD gerir o contacto com fornecedores a nível mundial.
Quando é confirmada a disponibilidade e o preço dos produtos pedidos por Timor-Leste, o Governo tem de dar ‘luz verde’ à compra num prazo máximo de 48 horas, refere-se no texto do acordo.
O PNUD efetua a compra e depois utilizará qualquer canal disponível, incluindo aviões próprios, para transportar o material para Díli, com o compromisso de agilizar “o máximo possível” essa operação.
Timor-Leste é um de 50 países que o PNUD está a apoiar em operações deste tipo no mercado internacional.
A operação envolve vários escritórios do PNUD, incluindo Copenhaga, Nova Iorque, Genebra, China e Banguecoque, que garantem aprovisionamento, certificação de fornecedores, verificação de envio e até transporte.