O grupo automóvel britânico Williams, um dos principais emblemas de Fórmula 1, informou hoje o fim da ligação com o seu principal patrocinador, a empresa Rokit, e admitiu vender a sua escuderia.
“As opções, que não estão limitadas, mas que têm sido consideradas, incluem a captação de novo investimento, a alienação de uma parte minoritária das ações do WGPH (Grupo Williams) ou a alienação de parte maioritária das ações, que incluem a possível venda de toda a companhia”, refere a Williams.
Apesar de não existirem decisões, a Williams indica que avança já com um processo formal de venda, para facilitar a discussão com eventuais partes interessadas, e que também tem tido conversas preliminares com possíveis investidores.
O conselho do WGPH (Grupo Williams) acredita que a revisão estratégica e o processo formal de venda são a coisa certa e prudente a fazer, no sentido de dar à equipa de Fórmula 1 “o melhor futuro possível”.
O último ano foi difícil para a escuderia, com uma perda operacional de 10 milhões de libras (12 milhões de euros), em contraponto com um benefício de 16 milhões de libras no exercício da atividade.
“Os resultados de 2019 refletem o declínio recente da nossa competitividade na Fórmula 1, que se refletiu nas receitas provenientes dos direitos comerciais”, explicou Mike O’Driscoll, presidente do conselho de administração do grupo.
Nas duas últimas temporadas na F1, a Williams não foi além de dois décimos lugares (2018 e 2019), os piores resultados da sua história, primeiro com os pilotos Lance Stroll e Sergey Sirotkin, e depois com Robert Kubica e George Russell.
Esta época, que não chegou a arrancar, devido à pandemia da covid-19, a escuderia conta novamente com George Russell na equipa, ao qual se juntou Nicholas Latifi.
“A época de 2020 da F1 está, obviamente, perturbada pela pandemia de covid-19, o que terá um impacto nas nossas receitas comerciais deste ano”, sublinhou O’Driscoll, que colocou grande parte dos seus funcionários em ‘lay-off’, recebendo parte do salário, num teto máximo definido, através do governo britânico.
Na história, a Williams é a segunda escuderia com mais títulos mundiais, num total de nove (1980, 1981, 1986, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996, 1997), atrás da Ferrari, que soma 16 títulos de campeã mundial de construtores.