O bispo de Leiria-Fátima, António Marto, desafiou hoje os fiéis à aproximarem-se das igrejas com confiança e sem medo, numa altura em que se retomam as celebrações presenciais, na fase de desconfinamento face à pandemia de covid-19.
“Embora com as devidas cautelas e movidos pelo amor aos outros, para nos protegermos mutuamente, aproximemo-nos das nossas igrejas com confiança e sem medo”, escreveu hoje o cardeal António Marto, numa mensagem dirigida a “fiéis leigos, religiosas e religiosos e sacerdotes”.
O bispo salientou que, neste regresso às celebrações presenciais, houve cuidado “na preparação das condições para evitar contágios com o vírus nas assembleias”.
“Se alguma coisa aprendemos nesta dolorosa experiência, é que todos precisamos de todos para nos protegermos e cuidarmos”, destacou o cardeal na missiva.
António Marto recordou que é tempo de “agradecer a Deus”, pela “generosidade e fortaleza com que dotou os profissionais de saúde, as autoridades de saúde e de segurança públicas e muitas outras pessoas que serviram heroicamente o seu próximo com o seu trabalho e cuidados”.
O bispo de Leiria-Fátima agradeceu também todo o “esforço, sacrifícios e testemunho de fé, neste tempo de confinamento e de ausência de celebrações comunitárias”.
“Sei que custou muito, mas também que houve quem crescesse na fé, utilizando os recursos oferecidos nos meios de comunicação digital. Houve famílias que redescobriram a graça de serem ‘igrejas domésticas’ e puderam aprofundá-la”, considerou António Marto.
O bispo de Leiira-Fátima faz votos de que “toda a vida cristã que foi provada e cresceu, se mantenha e desenvolva agora com maior apoio e comunhão da comunidade cristã”.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 360 mil mortos e infetou mais de 5,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,3 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.383 pessoas das 31.946 confirmadas como infetadas, e há 18.911 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.