As praias vão ser vigiadas por 742 elementos do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), Polícia Marítima e Marinha, anunciou hoje a Autoridade Marítima Nacional (AMN), indicando que, quanto à capacidade de utentes, «dificilmente» se consegue barrar entradas.
Além destes 742 elementos a vigiar as praias, existem 7.610 nadadores-salvadores aptos a ser contratados, avançou o diretor do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), comandante Velho Gouveia, considerando que “este número é suficiente”.
Em conferência de imprensa sobre a época balnear 2020, que decorreu em Lisboa, o comandante Pereira da Fonseca, porta-voz da AMN, disse que os 742 elementos disponíveis representam um “reforço generalizado” de meios na vigilância das praias durante a época balnear deste ano, que tem início em 06 de junho.
“A Marinha, neste caso, reforçou a Autoridade Marítima com meios, para permitir, precisamente, que as zonas mais visitadas pelos banhistas tenham esse reforço de patrulhamento e de sensibilização”, explicou Pereira da Fonseca, destacando ainda o empenho de recursos por parte das autarquias no âmbito da sensibilização das boas práticas do uso balnear.
Em relação ao controlo dos cidadãos nas praias, o diretor do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), comandante Velho Gouveia, referiu que é uma matéria que está a ser coordenada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em que “estão a ser desenvolvidas ferramentas”, com sinalética sobre a situação de lotação das praias e com a aplicação InfoPraia, que permite saber com o estado de ocupação das praias.
“Isto é desconhecido, não sabemos de facto o que é que poderá acontecer, mas, se acontecer, e a acontecer, será certamente, nas praias urbanas junto às grandes cidades, que é onde há maiores aglomerados em todos os aspetos da população. As autoridades terão de ver qual é de facto a melhor resposta em cada caso”, declarou o comandante Velho Gouveia.
Sobre a possibilidade de interditar o acesso às praias, na sequência do eventual desrespeito pelas regras, o comandante Pereira da Fonseca ressalvou que “dificilmente” se vai “conseguir barrar entradas”, principalmente nas “praias que têm várias entradas”.
Neste sentido, a AMN sublinha que o funcionamento das praias depende do comportamento dos cidadãos.