A Alta Comissária para a Luta Contra a Covid-19 na Guiné-Bissau, Magda Robalo Correia e Silva, disse hoje que não vai ser fácil, mas afirmou que é possível travar a pandemia do novo coronavírus no país.
Não vai ser fácil, mas é possível com várias atividades e com várias medidas de contenção", afirmou a antiga ministra da Saúde guineense, após a cerimónia de tomada de posse, quando questionada pelos jornalistas sobre se é possível travar a evolução da pandemia no país, que regista 1.368 casos e já causou 12 mortos.
"Temos de identificar focos de infeção, temos de aumentar a prevenção, temos de melhorar o entendimento da população sobre aquilo que são as medidas de confinamento", disse.
Magda Robalo Correia e Silva salientou também que nunca é tarde para combater a pandemia do novo coronavírus.
"Se não o fizermos vamos continuar a ver os números de casos e as mortes a aumentarem", sublinhou.
A antiga representante da Organização Mundial de Saúde na Namíbia e no Gana disse também que o seu primeiro trabalho vai ser uma "análise rápida da situação, perceber a dinâmica da pandemia na Guiné-Bissau para ajustar estratégias" para que o país possa estar à frente do novo coronavírus e não correr atrás dele.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, nomeou hoje Magda Robalo Correia e Silva para o cargo de Alta Comissária para a Luta Contra a Covid-19 no país.
Segundo um decreto presidencial, divulgado à imprensa, além da nomeação da antiga ministra da Saúde do Governo de Aristides Gomes, demitido na sequência da sua tomada de posse como Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló nomeou também Tumane Balde para o cargo de coordenador-adjunto e Plácido Monteiro Cardoso para secretário.
O Alto Comissariado para a Luta Contra a Covid-19 terá como principal objetivo reformular o plano estratégico, coordenar parcerias e redinamizar o combate contra o novo coronavírus.
Magda Robalo Correia e Silva tinha sido nomeada em maio para presidir ao Comité de Ética e Governação do Fundo Global de Luta Contra a Sida, Tuberculose e Malária, cargo que vai acumular com as novas funções.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.368 casos e 12 mortos), seguida da Guiné Equatorial (1.306 casos e 12 mortos), Cabo Verde (536 casos e cinco mortes), São Tomé e Príncipe (499 casos e 12 mortos), Moçambique (354 casos e dois mortos) e Angola (86 infetados e quatro mortos).