O Governo dos EUA anunciou hoje que vai aligeirar a proibição das companhias aéreas chinesas que voem para os Estados Unidos, uma decisão que tinha sido tomada como retaliação por constrangimentos de Pequim.
O Departamento de Transportes norte-americano tinha anunciado, na quarta-feira, que iria suspender todas as chegadas e partidas de voos de passageiros de quatro companhias aéreas chinesas, a partir de 16 de junho.
Hoje, o mesmo departamento disse que reviu a sua decisão e que autorizará um total de dois voos por semana para os Estados Unidos operados por qualquer companhia aérea chinesa.
O anúncio ocorre após os reguladores chineses terem anunciado, na quinta-feira, que iriam permitir que mais companhias aéreas estrangeiras pudessem voar para a China, em resposta a ameaças iniciais de constrangimentos aéreos por parte dos Estados Unidos.
No espaço de três dias, Estados Unidos e China aliviaram, assim, as sanções que tinham inicialmente previsto e que tinham escalado de dimensão, com sucessivas ameaças de retaliações.
Os dois países vivem uma guerra comercial que dura há dois anos e os seus governos têm-se acusado mutuamente de má gestão durante a pandemia de covid-19.
Na quarta-feira, Washington tinha anunciado que iria proibir os voos de quatro companhias aéreas chinesas para os Estados Unidos, alegando que Pequim não deu licença para que as norte-americanas United Airlines e Delta Air Lines retomassem os seus voos para a China.
O Departamento de Transportes norte-americano alega que a China está a violar um acordo entre os dois países, sobre a reciprocidade de voos de companhias aéreas.
As companhias aéreas que mantiveram voos para a China durante a pandemia foram autorizadas a continuar a fazer um voo por semana quando as restrições foram impostas por Pequim no final de março.
Na quinta-feira, e em resposta à decisão norte-americana, a China recuou nos constrangimentos e disse que todas as companhias aéreas estrangeiras autorizadas a voar para a China poderiam aumentar a frequência para dois voos por semana, caso nenhum dos seus passageiros testasse positivo para o novo coronavírus durante três semanas.