A ministra da Saúde admitiu hoje que “é muito provável que o número de casos em Lisboa e Vale do Tejo venha a crescer nos próximos dias”, mas afastou a adoção de “medidas mais restritivas” para a região.
Na conferência de imprensa diária sobre a situação da pandemia de covid-19, hoje sem boletim atualizado devido a uma falha no sistema de informações, Marta Temido realçou que as autoridades não têm “ainda a perceção exata” da dimensão do aumento de casos na região de Lisboa e Vale do Tejo, a que mais preocupa as autoridades nesta altura.
“Medidas mais restritivas não estão em cima da mesa”, assegurou, referindo que foram feitos “mais de 14 mil testes de rastreio” nos focos identificados na região de Lisboa e Vale do Tejo e que “ainda hoje estão a decorrer testes”.
À data de 05 de junho, a incidência cumulativa nos “concelhos que mais preocupam” as autoridades sanitárias era de: 555 casos em Lisboa, 545 casos em Loures, 504 casos na Amadora, 402 casos em Odivelas e 391 casos em Sintra.
Estes são “casos novos reportados nos últimos 14 dias, que se mantêm ativos”, especificou a ministra.
Recusando divulgar informação detalhada sobre determinada empresa ou outro local, por nisso não ver “nenhuma vantagem”, a ministra adiantou que os testes nos focos identificados resultaram em 4,6% de casos positivos, até ao final do dia de quinta-feira, já que os dados das últimas 24 horas ainda não estão disponíveis.