A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e restantes produtores (OPEP+) prorrogou hoje por mais um mês os atuais cortes de produção, segundo o esboço de um comunicado da organização a que a agência noticiosa russa TASS teve acesso.
“A primeira fase de redução das extrações acordadas para maio e junho de 2020 é prorrogada por mais um mês, até ao final de julho”, pode ler-se no documento, confirmando a continuidade do atual corte de 9,7 milhões de barris diários, decidido no passado mês de abril, face à quebra da economia por causa da pandemia de covid-19.
A medida inviabiliza assim o cenário anteriormente previsto a partir do início de julho de alívio do corte para apenas 7,7 milhões de barris.
A primeira reunião por videoconferência da organização, responsável por cerca de 60% da produção mundial de petróleo e na qual se inclui também a Rússia, estipulou ainda que os países que não respeitaram as quotas de produção acordadas terão de compensar, entre julho e setembro, a diferença entre o que foi extraído e a quota fixada.
Ficou igualmente decidido que o Comité Ministerial de Supervisão da OPEP+, os países da OPEP e outros produtores independentes vão reunir-se uma vez por mês até ao final do ano.
Na abertura conferência, o presidente da OPEP+, o ministro argelino da Energia, Mohamed Arkab, sublinhou que, no primeiro semestre do ano, "o aumento das reservas mundiais de petróleo está estimado em 1,5 mil milhões de barris, algo sem precedentes" na história.