O Brasil registou 679 óbitos e 15.654 infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 37.134 mortes e 707.412 casos confirmados desde o início da pandemia, anunciou hoje o Ministério da Saúde brasileiro.
Ainda de acordo com a tutela, 6.088 pacientes infetados recuperaram da doença causada pelo novo coronavírus.
Contudo, segundo o secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, alguns Estados brasileiros, como Santa Catarina e Alagoas, não enviaram ao executivo os seus dados contabilizados nas últimas 24 horas e, dessa forma, só entrarão nas contas de terça-feira.
Assim, os números hoje difundidos pelo Governo brasileiro não estão completos.
O Ministério da Saúde informou ainda que o Brasil soma 18 mortes e 337 casos por cada 100 mil habitantes, num país com uma população estimada de 210 milhões de pessoas.
O Brasil é o segundo país do mundo com maior número total de casos, e o terceiro com mais mortes, sendo o foco da pandemia na América Latina.
O executivo brasileiro, liderado pelo Presidente Jair bolsonaro, voltou hoje a divulgar os dados por volta das 18:30 locais (22:30 em Lisboa), após ter causado polémica ao indicar que os números passariam a ser divulgados ao final da noite e ao difundir apenas o número de casos e de óbitos registados nas últimas 24 horas, omitindo os dados acumulados desde o início da pandemia.
A mudança na metodologia causou protestos em diferentes setores, que acusaram o Governo brasileiro de dificultar o acesso à informação.
A alteração também foi associada à intenção de impedir que as informações sejam divulgadas nos noticiários noturnos da rede Globo, que têm a maior audiência do país, e nas edições impressas dos jornais brasileiros.
Na sexta-feira, em declarações aos jornalistas, o próprio chefe de Estado afirmou que, com a mudança, a rede Globo deixaria de ser a "TV Funerária".
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 404 mil mortos e infetou mais de sete milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.