A economia da zona euro recuou 3,1% no primeiro trimestre do ano em termos homólogos e 3,6% em cadeia, as maiores quebras desde 1995 e do terceiro trimestre de 2009, respetivamente, segundo uma estimativa divulgada pelo Eurostat.
Na União Europeia (UE), o Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu 2,6% na comparação homóloga e 3,2% na comparação com o quarto trimestre de 2019, sublinhando o gabinete estatístico europeu que as medidas de confinamento devido à pandemia da covid-19 começaram a ser largamente aplicadas em março, pelos Estados-membros.
Na comparação trimestral, estas foram as maiores quebras desde o início das séries temporais do PIB, em 1995, e face ao trimestre homólogo, só no terceiro trimestre de 2009, em plena crise económica, houve uma contração maior, com o PIB a cair 4,5% na zona euro e 4,4% na UE.
No quarto trimestre de 2019, o PIB da zona euro tinha crescido 1,0% em termos homólogos e 0,1% na variação em cadeia e a economia da UE tinha avançado, respetivamente 1,2% e 0,1%.
Entre os Estados-membros para os quais há dados disponíveis, face ao período homólogo, Irlanda (4,5%), Roménia (2,7%), Bulgária e Lituânia (2,4% cada) tiveram as maiores subidas homólogas do PIB, enquanto Itália (-5,4%), França (-5,0%) e Espanha (-4,1%) apresentaram as maiores quebras nas suas economias.
Na comparação com o quarto trimestre de 2019, Irlanda (1,2%), Bulgária e Roménia (0,3% cada) e a Suécia (0,1%) registaram subidas, tendo as economias de todos os outros 23 Estados-membros recuado, com maior expressão em França e Itália (5,3%) e Espanha e Eslováquia (-5,2% cada).
Entre janeiro e março, em Portugal a economia contraiu 2,3% face aos primeiros três meses de 2019 e 3,8% na comparação com o trimestre anterior.