A taxa de desemprego na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aumentou 2,9 pontos percentuais em abril para 8,4%, refletindo o impacto das medidas de confinamento adotadas na sequência da pandemia de covid-19.
Em março, a taxa de desemprego tinha sido de 5,5%.
De acordo com a OCDE, o número de pessoas desempregadas subiu 18,4 milhões para 55 milhões em abril, com os EUA a serem os principais responsáveis por esta subida, com mais 15,9 milhões de desempregados.
A taxa de desemprego subiu mais entre as mulheres do que os homens nos países da OCDE, aumentando 3,3 pontos percentuais em abril, para 9,1%, o que compara com uma subida de 2,6 pontos percentuais, para 7,9%, entre os homens.
Os jovens (entre os 15 e os 24 anos) foram particularmente afetados pela crise segundo a OCDE, com a taxa de desemprego a aumentar 5,5 pontos percentuais para 17,6%, que compara com a subida de 2,7 pontos percentuais nos adultos.
A organização sinaliza, no entanto, que existem diferenças significativas entre os países da OCDE.
Na zona euro, o desemprego subiu para os 7,3% dos 7,1% em março e no Japão para 2,6% dos 2,5%. No Canadá aumentou para os 13%, dos 7,8% de março, na Colômbia para 19,9% (dos 12,2%) e nos EUA para os 14,7%, o nível mais elevado da série iniciada em janeiro de 1948, dos 4,4% registados em março.
Dados preliminares de maio referem ainda que o desemprego continuou a subir no Canadá (para 13,7%), mas desceu 1,4 pontos percentuais para 13,3% nos EUA.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 404 mil mortos e infetou mais de sete milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.