O Famalicão suplantou hoje o seu melhor registo de triunfos numa edição da I Liga de futebol, ao impor-se na deslocação ao Gil Vicente, por 3-1, no dérbi minhoto que inaugurou a 26.ª jornada.
Num Estádio Cidade de Barcelos despido, um penálti de Fábio Martins (12 minutos), um tento de Diogo Gonçalves (42) e um autogolo de Edwin Banguera (90+1) assinaram a 12.ª vitória famalicense no campeonato, superando o máximo obtido em 1990/91, quando os ‘azuis’ alcançaram a permanência com os mesmos pontos do despromovido Tirsense.
O Famalicão igualou provisoriamente o Sporting no quarto lugar, com 43 pontos, mais cinco que Rio Ave e Vitória de Guimarães, enquanto o Gil Vicente, que reduziu por Hugo Vieira (77 minutos) somou a segunda derrota seguida desde a retoma do campeonato e mantém-se no 10.º posto, com 30 pontos, 11 pontos acima da zona de descida.
Moralizado pelo triunfo caseiro sobre o FC Porto (2-1), os ‘azuis’ capitalizaram uma entrada assertiva aos 12 minutos, quando Fábio Martins enganou Denis da marca de penálti, depois de Edwin Banguera ter derrubado a condução de Toni Martinez pelo flanco canhoto.
O conjunto de Vítor Oliveira reagiu à desvantagem com linhas subidas, mas revelou mais transpiração que engenho na invasão ao último terço, abrindo caminho às transições velozes do rival minhoto, que voltou a investir pela esquerda aos 24 minutos, com Rúben Lameiras a isolar Fábio Martins em zona frontal para uma defesa apertada de Denis.
Numa das raras ocasiões em que o Gil Vicente se libertou da teia montada pelos pupilos de João Pedro Sousa, Alex Pinto recuperou o esférico, galgou metros pela direita e desmarcou Sandro Lima, que hesitou entre dominar e rematar de primeira e deixou escapar um golo cantado com a baliza escancarada em plena grande área ‘azul’.
Com maior confiança e tranquilidade na gestão da bola, os famalicenses voltaram a concentrar atenções pela esquerda antes do descanso e Toni Martínez lançou-se em profundidade aos 42 minutos, após ter ultrapassado a contenção de Edwin Banguera, assistindo o pontapé intenso e colocado de Diogo Gonçalves que dilatou diferenças.
A toada prosseguiu no reatamento e os visitantes foram suportando o balanceamento ofensivo dos ‘galos’, previsíveis na fase de criação, até que Henrique Gomes encontrou tempo e espaço na faixa esquerda para servir o cabeceamento certeiro do recém-entrado Hugo Vieira, que se antecipou a Patrick William para relançar a partida aos 77 minutos.
Ato contínuo, Vítor Oliveira desfez o quarteto defensivo e chamou Zakaria Naidji para intensificar a presença ofensiva, tornando-se pioneiro na utilização das cinco substituições no futebol português, medida temporária aprovada na véspera em Assembleia-Geral da Liga de clubes, adotando uma norma autorizada pela FIFA, após a concordância do Internacional Board (IFAB), acompanhada pela inclusão de nove jogadores suplentes.
Com o ritmo cardíaco a aumentar e a lucidez a diminuir, os barcelenses arriscaram tudo na busca pelo empate, mas sucumbiram nos descontos graças ao desvio infeliz de Edwin Banguera, que escorregou ao tentar intercetar um cruzamento de Diogo Gonçalves da direita e confirmou o segundo desaire consecutivo dos ‘galos’ desde o reinício da I Liga.
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