Declarações de Bruno Lage, treinador do Benfica, após o empate frente ao Portimonense (2-2), em jogo da 26.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio Municipal de Portimão.
“Depois da primeira parte, nada nos fazia prever que iríamos empatar e perder pontos. Fizemos uma primeira parte muito boa, com qualidade, dinâmica e diagonais, principalmente na linha defensiva e que faz parte do nosso jogo.
Ao contrário do jogo com o Tondela, aqui apareceram e, muito bem, e surgem dois golos e várias oportunidades. Depois, na segunda parte, era nossa intenção ter uma pressão alta, o Portimonense a construir com dois centrais e com médios a baixar para procurar jogo longo para os avançados e para atacar a profundidade.
Não havendo essa pressão da nossa parte, surgiu uma bola parada e mais bolas junto à área e concedemos dois golos, fruto de não nos termos posicionado como na primeira parte, em que tivemos um jogo posicional muito bom, quer em termos ofensivos, como defensivos.
Na segunda parte não pressionámos como era nossa intenção e tínhamos de manter a posse da bola.
Ficamos tristes pelo resultado, mas não podemos ficar a pensar nisso e seguir em frente e tentar prolongar no tempo a boa primeira parte.
[Com apenas uma vitória em 10 jogos, considera que tem ainda condições para continuar a ser treinador do Benfica?] Sim. Claro.
[Como é que o Benfica de um momento para o outro deixou de ganhar jogos?] Está explicado neste jogo, é sermos consistentes. Temos de fazer o que fizemos até à paragem [confinamento], que foi prolongada. Esta reentrada não está a correr como pretendíamos em termos de resultados.
Não há crise de confiança devido aos resultados, se houvesse crise de confiança a equipa não entrava tão bem e não fazia a primeira parte que fez. Estamos é num momento em que deixámos de fazer aquilo que devia ser feito, sofremos um golo, o segundo e empatámos.
Não nos podemos desculpar, independentemente das mudanças. Tínhamos de manter a pressão quando o Portimonense tivesse bola para não ter tempo para construir e com bola tínhamos de manter a qualidade da primeira parte que foi muito boa.
Jardel teve uma reentrada muito boa, o Grimaldo é dos mais consistentes e a saída condicionou-nos na segunda parte. Temos de ter jogadores à altura para os substituir. Neste momento não sabemos a gravidade das lesões.
Claro que saio daqui convicto que ainda posso ser campeão. A maneira e forma como nos entregamos ao trabalho, quer equipa técnica como jogadores, não nos passa outro pensamento."
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