As autoridades sanitárias da Guiné-Bissau vão receber hoje dois ventiladores disponibilizados por quatro empresas chinesas, no âmbito do tratamento de doentes com o novo coronavírus, informou a embaixada chinesa em Bissau.
O donativo é oferecido por duas empresas que atuam na Guiné-Bissau no ramo da construção civil e outras tantas no domínio da pesca, refere ainda a nota da embaixada chinesa a que a Lusa teve acesso.
A cerimónia da entrega dos equipamentos terá lugar hoje na sede do Alto Comissariado para a Luta Contra covid-19, liderado pela antiga ministra da Saúde Pública guineense, Magda Robalo.
"A iniciativa visa dar as mãos ao amigo povo guineense no combate à pandemia e assumir as responsabilidades sociais" refere a nota.
A embaixada chinesa destaca também que as empresas chinesas, nomeadamente as fundações Jack Ma e Alibaba, já ofereceram à Guiné-Bissau, entre outros materiais, mais de 22 mil kits de teste, seis ventiladores, um scanner de temperatura corporal, 48 termómetros à distância, cerca de 19 mil kits de extração e mais de 12 mil máscaras.
A falta de ventiladores e de oxigénio tem sido relatada por profissionais de saúde como um principais problemas no combate à covid-19 na Guiné-Bissau.
Segundo o COES, a Guiné-Bissau já registou desde março, quando foram detetados as primeiras infeções de covid-19 no país, 1.389 casos, entre os quais 12 vítimas mortais e 153 recuperados.
Em África, há 5.678 mortos confirmados e mais de 209 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.389 casos e 12 mortos), seguida da Guiné Equatorial (1.306 casos e 12 mortos), Cabo Verde (657 casos e cinco mortes), São Tomé e Príncipe (632 casos e 12 mortos), Moçambique (489 casos e dois mortos) e Angola (113 infetados e quatro mortos).
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados (mais de 802 mil, atrás dos Estados Unidos) e o terceiro de mortos (40.919, depois de Estados Unidos e Reino Unido).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 418 mil mortos e infetou mais de 7,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.