Os pacientes infetados com covid-19 a precisar de oxigénio vão começar a ser transferidos para o hospital de Bor, arredores de Bissau, anunciou hoje um responsável guineense, um dia após a morte de uma jovem por falta de oxigénio.
"O hospital de Bor já está disponível para receber pacientes com necessidade de oxigénio", disse o coordenador do Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) da Guiné-Bissau, Dionísio Cumba, na conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia do novo coronavírus no país.
Segundo o médico, o hospital de Bor tem fábrica de oxigénio e uma rede interna de fornecimento.
Na quinta-feira, uma mulher de 22 anos infetada com covid-19 morreu no hospital de Cumura, também perto da capital guineense, por falta de oxigénio.
Desde que foram registados os primeiros casos de covid-19 no país, a Guiné-Bissau já contabilizou 1.460 casos de infeção, incluindo 153 recuperados e 15 vítimas mortais.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, prolongou na quarta-feira, pela quinta vez, o estado de emergência no país até dia 25.
Em África, há 5.756 mortos confirmados e mais de 216 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.460 casos e 15 mortos), seguida da Guiné Equatorial (1.306 casos e 12 mortos), Cabo Verde (697 casos e seis mortos), São Tomé e Príncipe (632 casos e 12 mortos), Moçambique (489 casos e dois mortos) e Angola (118 infetados e cinco mortos).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 421 mil mortos e infetou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.