A Venezuela prolongou, até 13 de julho, o estado de exceção em vigor no país desde março, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia da covid-19.
O prolongamento da quarentena, por 30 dias, foi publicado na Gazeta Oficial (equivalente ao Diário da República).
O texto do decreto presidencial justifica o prolongamento “dadas as circunstâncias de ordem social que põe gravemente em risco a saúde pública e a segurança dos cidadãos e das cidadãs habitantes da República Bolivariana da Venezuela”, para que o Executivo “adote as medidas urgentes efetivas e necessárias, de proteção e preservação da saúde da população”.
O objetivo é “assegurar que a população desfrute plenamente dos seus direitos, preservar a ordem interna, o acesso oportuno a bens, serviços, alimentos e outros produtos essenciais para a vida”.
“Persistem as circunstâncias excecionais, extraordinárias e conjunturais que motivaram do estado de exceção de alarme", ndicou.
Por outro lado, explica o Governo pede "adotar as medidas que se considerem necessárias para conter e evitar o contágio”.
O decreto precisa que a 13 de março de 2020 a Venezuela confirmou a existência da covid-19 no país.
Na Venezuela estão oficialmente confirmados 2.879 casos e 23 mortes associadas ao novo coronavírus. Estão ainda dados como recuperados 487 pacientes.
A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.
Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena e impedidos de circular livremente entre os vários estados do país.
A pandemia de covid-19 já provocou cerca de 423 mil mortos e infetou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.505 pessoas das 36.180 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.