Um golo de Bueno, de grande penalidade, deu ao Boavista um justo triunfo em casa de um irreconhecível Sporting de Braga, por 1-0, num jogo da 26.ª jornada da I Liga de futebol.
A equipa do Bessa fez uma bela partida no deserto Estádio Municipal de Braga e quebrou o ciclo negativo de cinco jornadas sem vencer (quatro derrotas e um empate), dando mais um passo para a manutenção.
Já o Sporting de Braga, soma a segunda derrota seguida após o reatamento da competição e foi apanhado no terceiro lugar pelo Sporting (ambos com 46 pontos).
Mais do que isso, a turma orientada por Custódio Castro deixou sinais preocupantes, não se reconhecendo a equipa que, sob a orientação de Rúben Amorim, praticava um excelente futebol que a levou a conquistar a Taça da Liga e a bater os ‘três grandes' por cinco vezes no espaço de um mês.
O Boavista teve muito mérito a aproveitar a pouca clarividência dos bracarenses e, mesmo antes do golo, já lhe pertenciam as melhores oportunidades para marcar.
No regresso a casa, mais de três meses depois (vitória sobre o Portimonense, por 3-1, em 06 de março, tinha sido o último jogo), o Sporting de Braga mostrou muitas dificuldades em ultrapassar o esquema boavisteiro, que voltou a ser em 3x4x3, tal como o dos minhotos.
A primeira grande oportunidade de golo do jogo pertenceu mesmo ao Boavista, logo aos seis minutos, mas Matheus impediu com uma grande defesa o golo a Bueno, após fuga de Gustavo Sauer pela direita.
Ambas as equipas vinham de derrotas, o Braga com o Santa Clara (3-2, fora), o Boavista diante do Moreirense (1-0, em casa). Custódio Castro fez duas alterações na equipa, dando a titularidade a Rolando e André Horta e Daniel Ramos mudou três ‘peças', introduzindo Dulanto, Marlon e Idris.
Destaque para a estreia do internacional português Rolando, que já não jogava uma partida oficial desde 08 de fevereiro de 2019, há quase um ano e meio, então pelos franceses do Marselha.
Os ‘arsenalistas' tinham mais iniciativa de jogo, mas, sem ideias e a jogar de forma muito lenta, não conseguiam criar situações de perigo, e foram novamente os visitantes a estar mais perto de marcar quando Carraça obrigou Matheus a nova grande defesa após um centro/remate (42 minutos).
A grande ocasião dos da casa no primeiro período surgiu já em período de descontos, aos 45+1 minutos, com Paulinho a atirar de primeira após grande passe de Ricardo Horta, mas o remate acrobático saiu à figura de Helton Leite.
O Boavista colocou-se em vantagem no tal penálti de Bueno, que puniu um erro de Esgaio, que parecia ter o lance controlado e acabou por derrubar Cassiano, aos 57 minutos.
O Braga reagiu com um ‘tiro' de muito longe de Ricardo Horta (62 minutos), mas foi o Boavista a estar mais perto do golo, com um remate espetacular de Carraça a sair a poucos centímetros do poste (67).
Após o golo sofrido, Custódio demorou quase 15 minutos a mexer na equipa e, de uma vez, reforçou o ataque com Galeno e Rui Fonte (saíram Sequeira e Ricardo Horta), mas as exibições muito apagadas dos jogadores mais criativos, como Fransérgio, André Horta, Ricardo Horta ou mesmo Trincão, não permitiam ao Braga chegar com perigo à baliza de Helton Leite.
O técnico dos minhotos fez nova dupla substituição aos 82 minutos, com João Novais e Wilson Eduardo a entrarem para os lugares de Rolando e André Horta, numa aposta ainda mais declarada no ataque, mas o discernimento foi diminuindo proporcionalmente ao número de jogadores na frente.
Daniel Ramos respondeu refrescando o ataque e o meio-campo com Yuspha e Obiora e segurou a vitória.
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