Lori Sandri confirma rescisão de contrato com o Marítimo

''Sim, eu e o presidente do clube, Carlos Pereira, acabamos agora de reunir e chegamos a um acordo. Agora, há que negociar e conversar sobre os aspectos burocráticos'', disse o treinador.

''Quando saio de um clube, tenho por norma nunca mais falar sobre esse assunto. Antigamente, no início da minha carreira, falava um pouco demais. Agora, já não quero falar sobre qualquer coisa menos boa que se tenha passado'', acrescentou.

''Se saio triste? Isto faz parte da profissão de um treinador. Saio é de consciência tranquila'', disse o treinador.

Lori Sandri pretende ficar mais uns dias na Madeira a resolver os problemas burocráticos com o clube e com a questão da sua casa.

Quanto ao futuro, ''está tudo em aberto''. ''Em Dezembro, tive um bom convite, preferi ficar. São coisas do futebol'', disse o treinador salientando ''sempre as boas relações'' que manteve com a comunicação social.

''As maiores felicidades para vocês e para o Marítimo'', disse em jeito de despedida.

Lori Sandri chegou no início da época substituindo o compatriora Sebastião Lazaroni que, apesar de ter qualificado a equipa para a Taça UEFA, não conseguiu ''convencer'' a direcção do clube madeirense a permanecer no clube.

Sandri ''herdou'' uma equipa em que houve muitas saídas e entradas de jogadores, fez uma pré-temporada algo acidentada, com uma viagem pela Venezuela e, aos poucos, conseguiu recuperar na classificação e ''encostar-se'' aos lugares que dão acesso à Taça UEFA.

A eliminação precoce na Taça de Portugal e na Taça da Liga fez nascer os primeiros sinais de contestação, os mais veementes dos quais vindos do presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, entidade que, como é sabido é accionista da SAD ''verde-rubra''.

Da parte de Carlos Pereira, presidente do Marítimo, ainda não foi possível obter qualquer comentário.

De salientar ainda que os madeirenses vêm de uma derrota pesada, este fim-de-semana, em Coimbra, frente à Académica (3-1).