O presidente do CDS acusou hoje o Governo de estar a “abrir portas à corrupção” e ao “amiguismo” ao fazer contratação pública “sem controlo” e “eliminando regras da “transparência” durante a pandemia da covid-19.
“Parece-nos que está a abrir as portas à corrupção, ao amiguismo, o que é um sinal muito preocupante num país que tem de ser sério, sobretudo nas alturas de crise. Depois haverá dinheiro para os filhos e os enteados parece que ficarão a arder com os calotes do Estado”, declarou o lidero do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, após uma reunião em Viana do Castelo com o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), onde teve oportunidade para conhecer as dificuldades que o setor atravessa nesta pandemia.
As acusações do presidente do CDS surgem no âmbito da “revisão das regras da contratação pública e dos concursos públicos”, bem como da “faculdade de haver ajustes diretos” que no caso de ficarem vazios têm “regras muito mais facilitadoras de negócio para potenciais interessados” e também por causa da “eliminação dos vistos para o Tribunal de Contas”, explicou.
“O CDS percebe que o Governo não paga aquilo que deve, acumula dívidas avultadas a fornecedores, atrasa-se a pagar o ‘lay-off’ e com a burocracia também vai diferindo os pagamentos das linhas de crédito (…), mas agora parece que quer contratar, ao nível público, sem qualquer controlo, eliminando regras essenciais à transparência e à gestão dos dinheiros públicos”, criticou Francisco Rodrigues dos Santos.