O FC Porto escorregou na terça-feira na I Liga de futebol, ao empatar 0-0 em casa do lanterna-vermelha Desportivo das Aves, num encontro, da 27.ª jornada, em que teve grande caudal ofensivo, mas foi punido pela ineficácia.
Na Vila das Aves, as imensas situações de finalização somadas pelos ‘azuis e brancos’ esbarraram numa exibição 'endiabrada' do guarda-redes avense Fábio Szymonek, que travou uma grande penalidade de Zé Luís, aos 22 minutos, deixando a liderança partilhada do campeonato à mercê do Benfica, que visita na quarta-feira o Rio Ave.
Os portistas interromperam uma série de 40 rondas consecutivas a marcar e comandam a I Liga, com 64 pontos, mais três do que as ‘águias’, enquanto o Desportivo das Aves voltou a pontuar cinco rondas depois e continua afundado na 18.ª e última posição, com 14 pontos, menos 11 do que o Paços de Ferreira, a primeira equipa acima da zona de despromoção.
Na ausência dos castigados Alex Telles e Wilson Manafá, Sérgio Conceição improvisou um quarteto defensivo com o regressado Diogo Leite e o estreante Tomás Esteves nos corredores laterais, fortalecendo ainda a zona intermediária com Matheus Uribe e Otávio, que relegaram Danilo e Moussa Marega para o banco de suplentes.
O FC Porto instalou-se desde cedo no meio-campo adversário, mas a lenta circulação de bola dificultou a construção de oportunidades até aos 22 minutos, quando Fábio Szymonek adivinhou uma grande penalidade denunciada de Zé Luís, redimindo-se da falta cometida sobre Otávio na área, na sequência de uma saída em falso dos postes.
O lance ofereceu algum fôlego ao Desportivo das Aves, que até tinha criado o primeiro lance de perigo aos 13 minutos, num remate intercetado de Pedro Soares, tendo Oumar Diakhité rematado cruzado às malhas laterais perto da meia hora, em dois lances excecionais face à necessidade primordial de preencher os espaços com linhas baixas.
Com mais pressa do que inspiração, os ‘dragões’ intensificaram o ritmo e a ligação entre setores a caminho do intervalo e desperdiçaram um cabeceamento flagrante de Pepe aos 44 minutos, mesmo antes de Luis Díaz introduzir a bola na baliza avense e o árbitro Carlos Xistra ter descortinado uma falta de Tomás Esteves no início da jogada.
Precavendo um declínio físico proporcional ao avanço do relógio, o FC Porto reativou o fulgor e a pressão na etapa complementar e colecionou sucessivas situações pelos pés de Sérgio Oliveira (47 minutos) e de Luís Díaz (48 e 53), contrariadas pelos reflexos inspirados de Fábio Szymonek e pela ineficácia dos executantes ‘azuis e brancos’.
Aportando um ‘onze’ com sete novidades, Nuno Manta Santos chamou Rúben Oliveira para refrescar o miolo e estimular os visitantes a lateralizar os ataques, finalizados com inúmeros cruzamentos para o raio de ação de Zé Luís e dos recém-entrados Soares e Moussa Marega, que aqueceu as luvas do guarda-redes brasileiro aos 70 minutos.
Os pupilos de Sérgio Conceição montaram o ‘assalto’ final através da meia-distância de Sérgio Oliveira (80 minutos), da cabeça de Mbemba (90+3) e da desmarcação oportuna de Marega (90+6), cujo desfecho traduziu a noite de sonho de Fábio Szymonek, o sustento de um lanterna-vermelha atormentado num mar de dúvidas existenciais.
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