Macau indicou hoje que injetou cerca de 4,3 mil milhões de patacas (472 milhões de euros) nas pequenas e médias empresas, em três meses, em juros bonificados, para responder ao impacto da crise causada pela covid-19.
Em comunicado, a Direção dos Serviços de Economia anunciou que desde o lançamento da medida, em 17 de março, e até terça-feira, "foram recebidos 3.944 pedidos, dos quais 3.272 foram aprovados”.
Das empresas abrangidas, os maiores beneficiários foram “comércio a retalho (29,3%), construção civil e obras públicas (19,5%), restauração (12,4%), serviços prestados às empresas (8,2%), comércio por grosso (7,5%), serviços prestados a indivíduos como cabeleireiros e salões de beleza (4,9%), importação e exportação (4,7%), educação e instituições médicas (4,2%)”.
O prazo para a apresentação de candidaturas para a linha de empréstimos bonificados, com juros a 4%, para reduzir o impacto económico devido ao novo coronavírus, termina em 17 de setembro. O limite máximo do montante total dos créditos a bonificar é de dez mil milhões de patacas.
Na terça-feira começaram a ser distribuídos novos apoios à população e empresas no valor de 13,6 mil milhões de patacas (1,57 mil milhões de euros).
No total, o Governo de Macau decidiu utilizar 38,95 mil milhões de patacas (4,5 mil milhões de euros) da reserva especial para fazer responder ao impacto económico originado pela pandemia da covid-19.
Tudo somado, a resposta à crise corresponde a um valor igual a 12% do Produto Interno Bruto (PIB) de Macau registado em 2019, indicaram as autoridades, acrescentando que nos próximos três anos, o Governo "irá atribuir bonificações de juros às PME através dos bancos".
Macau está sem registar casos de covid-19 desde 09 de abril. Atualmente não tem qualquer caso ativo, depois de o último paciente ter recebido alta hospitalar em 19 de abril.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 438 mil mortos e infetou mais de oito milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.