O Benfica “vingou-se” hoje da eliminação da Taça de Portugal de futebol, batendo o Leixões, por 2-1, no Estádio da Luz, e colocou-se provisoriamente um ponto atrás do líder da Liga, FC Porto, na 20ª ronda do campeonato.
Com um homem a menos nos derradeiros 15 minutos, os “encarnados” só descansaram no final dos descontos, já que o golo do brasileiro Rodrigo Silva reduziu a desvantagem leixonense, aos 74 minutos, após tentos de Nuno Gomes (67) e Élvis (16), na própria baliza, terem traduzido a supremacia dos anfitriões.
Um dia antes do “clássico” do Porto, entre “dragões” e Sporting, o Benfica aproxima-se do topo da classificação e deixa momentaneamente os “leões” a três pontos de distância, no terceiro lugar, enquanto os matosinhenses mantêm a quarta posição, podendo ser alcançados por Nacional e Sporting de Braga.
O Leixões tinha eliminado o Benfica no Estádio do Mar, na quinta eliminatória da Taça de Portugal, através do desempate por penaltis (5-4), após empate a zero, e alimentava o sonho de se tornar a primeira equipa a ganhar em casa dos três “grandes”, após triunfos no Estádio do Dragão (3-2) e em Alvalade (1-0).
Em relação à derrota em casa do rival Sporting (3-2), o treinador espanhol do Benfica, Quique Flores, “descansou” o defesa brasileiro Sidnei, apostando em Miguel Vítor, e incluiu o argentino Di Maria e o paraguaio Cardozo à frente, em detrimento do médio francês Yebda, suspenso por um jogo, e do avançado hondurenho Suazo, lesionado.
O técnico visitante, José Mota, trocou os brasileiros Chumbinho e Rodrigo Silva por o seu compatriota Roberto e pelo extremo luso Zé Manel, face ao empate 2-2 na recepção ao Belenenses da ronda anterior.
Com grande atitude colectiva, a linha defensiva do Benfica surgiu bem perto da linha de meio-campo, pressionando o 4-1-4-1 do Leixões, finalmente com Ruben Amorim ao centro, ajudando o grego Katsouranis e Di Maria e o espanhol Reyes nas recuperações, enquanto o argentino Aimar municiava Cardozo.
A equipa de Matosinhos ficou presa na sua própria “malha” de 10 elementos na sua metade do terreno e, aos 16 minutos, ficou em dasvantagem.
Num lançamento da linha lateral, o brasileiro David Luiz desmarcou Reyes e o extremo “encarnado” foi à linha de fundo cruzar rasteiro para Cardozo, mas o defesa central Élvis “antecipou-se” e marcou na própria baliza.
O critério disciplinar do árbitro Lucílio Batista enervou depois os espectadores e a própria equipa da Luz e o Leixões aproveitou para se abeirar da baliza defendida por Moreira, mas quase sempre com remates à distância e fora do alvo.
Na segunda parte, logo aos 47 minutos, um rápido contra-ataque conduzido por Aimar foi concluído por Reyes, permitindo a defesa ao guardião Beto.
A melhor ocasião de golo dos visitantes aconteceu aos 57 minutos, numa veloz combinação ofensiva que isolou Diogo Valente, mas o extremo leixonense atirou muito por cima da baliza de Moreira.
Já depois de se ter atrapalhado com a bola, desperdiçando uma boa oportunidade de golo, Cardozo redimiu-se com uma finta sobre Élvis perto da marca de canto e centrou irrepreensivelmente para Nuno Gomes, recém-entrado, cabecear para o 2-0, aos 67 minutos.
A um quarto-de-hora do fim, num lance em que a defesa benfiquista mostrou muita passividade, a insistência dos visitantes deu frutos e Rodrigo Silva reduziu a desvantagem.
Entretanto, Carlos Martins lesionara-se e, já com as substituições esgotadas, o Benfica teve que se aplicar e muito para conservar os três pontos diante de uma adversário que foi crescendo até ao apito final.