Quique Flores (Benfica) refuta acusações de antijogo de Mota (Leixões)

Apesar de ter sido necessária a presença de força policial no túnel de acesso aos balneários, no final do jogo, ambos os técnicos desvalorizaram o sucedido.

“José Mota sabe que o que fizemos foi um bom trabalho para ganhar o jogo e que lutámos muito. Em nenhum momento o Benfica perdeu tempo de forma abusiva, como estratégia. Somos dois treinadores com carácter e fazemos o que temos que fazer para defender os nossos jogadores no relvado”, afirmou o espanhol Quique Flores.

Numa partida classificada pelo técnico do Benfica como “de muita fricção”, Flores considerou ter existido um comportamento “perfeito” por parte dos adeptos, que foram “o 11º jogador quando a equipa ficou reduzida a 10”, referindo-se à lesão de Carlos Martins, já depois de esgotar as substituições, a 15 minutos do final.

Mota criticou a equipa do Benfica, sobretudo o médio grego Katsouranis, por alegadamente ter simulado uma lesão, e também o árbitro Lucílio Batista, por apenas ter concedido três minutos de compensação.

“Estou assim (irritado) porque perdi. Se tivesse ganho estava mais satisfeito. Os jogadores do Benfica fizeram antijogo. A situação do Katsouranis foi premeditada, tal estava a ser o sufoco. Isto irrita, com certeza que irrita”, disse, acrescentando que o árbitro “parecia que estava com pressa de acabar o jogo”.

Sobre o sucedido no túnel da Luz, Mota afirmou que “não se passou absolutamente nada”, apenas “situações normais e conversas mais acaloradas” e “nada que possa melindrar as relações entre homens”.

Sobre o “clássico” de sábado, uma recepção do FC Porto ao Sporting, respectivamente primeiro e terceiro classificados, com mais um e menos três pontos que o Benfica, Flores rejeitou apontar um resultado mais apetecível.

“A nossa obrigação é fazer os nossos pontos e colocar a maior pressão possível sobre os nossos adversários. Não sei. O que acontecer vai servir o Benfica porque não podem somar ambos três pontos”, concluiu.