O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, homenageou os militares dos três ramos das Forças Armadas que participaram no combate à pandemia de covid-19 desde março, pela forma como «enfrentaram este inimigo novo e invisível».
A cerimónia, adaptada às regras de distanciamento físico, decorreu na sala da cisterna do Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, Lisboa, onde receberam a medalha da Defesa Nacional os quatro chefes militares, almirante Silva Ribeiro, Chefe do Estado Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), almirante Mendes Calado (Armada), general Nunes da Fonseca (Exército) e general Nunes Borrego (Força Aérea).
Os restantes 36 militares, com postos de oficial a soldado, e devido às regras quanto à pandemia, irão receber as suas medalhas em cerimónias posteriormente.
Na cerimónia, o ministro elogiou o esforço dos militares durante as fases mais difíceis do surto do novo coronavírus, dando alguns exemplos do que foi feito, desde a produção de gel desinfetante no Laboratório Militar ao pessoal médico na linha da frente.
Sendo “inúmeros os militares, de cada um dos ramos que deram o seu contributo”, a quem não podia “agradecer hoje individualmente”, Gomes Cravinho afirmou que ao agraciar o CEMGFA e os chefes dos ramos, estava a homenagear “também todos os que servem sob as suas ordens”.
“Deixo bem vincado o meu reconhecimento público a todos os homens e mulheres, oficiais, sargentos e praças das nossas Forças Armadas que, encarnando os valores do dever e do serviço, se destacaram na forma como enfrentaram este inimigo novo e invisível”, afirmou João Gomes Cravinho.
A todos o ministro quis homenagear, dos que “montaram camas de campanha, aos que recuperaram computadores, aos que descontaminaram escolas e lares, aos que deram formação, aos que apoiaram as entidades de coordenação regional, as autarquias e outras organizações da sociedade” civil.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 449 mil mortos e infetou mais de 8,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.524 pessoas das 38.089 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.