O International Board, órgão da FIFA que garante as leis do jogo, deu hoje aval para que possa prosseguir a experiência de ''uma arbitragem a cinco'', desta vez ''num campeonato profissional'' de futebol.
''Resta agora definir onde, quando e como'', disse um responsável da FIFA, depois do International Board ter analisado hoje os relatórios dos jogos-testes com cinco árbitros - dois na linha de fundo - nas competições de sub-19.
A ideia agora é prosseguir esta experiência, mas trazê-la aos campeonatos profissionais e para que, em 2011, se possa voltar a olhar para os relatórios no novo ensaio, que se pretende mais duradouro.
''Isto pode acontecer com uma liga 'de Verão´, que tenha início em Março de 2010 e termine em Outubro de 2010 (o modelo das ligas nórdicas ou de este)'', disse Nicolas Maingot, director de comunicação da FIFA.
A FIFA revelou também que recebeu candidaturas de países como a França ou a Itália, para servirem de teste nas divisões secundárias dos seus campeonatos, a L2 francesa e a Série B italiana.
O presidente da UEFA, Michel Platini, um forte opositor da utilização do vídeo em matéria de arbitragens, tem apelado a uma arbitragem com mais meios humanos.
Entretanto, também hoje, na reunião do International Board (IFAB) na Irlanda do Norte e que ainda prossegue, a FIFA retirou a proposta de dilatar o período de intervalo do jogo de 15 para 20 minutos.
As razões de retirada da proposta não foram reveladas, mas inicialmente a ideia era prolongar esse intervalo pelo facto de em alguns estádios os balneários estarem muito distantes do campo de jogo.
Uma ideia que poderia também ser útil nos aspectos publicitários e de receitas, mas à qual se opunha a Federação Inglesa e a sua liga, colocando-se ao lado das associações de adeptos que se opunham ao projecto.
Fundada em 1886, o IFAB é composta por membros das federações inglesa, escocesa, galesa e norte-irlandesa, bem como representantes da FIFA. Nas votações, cada organismo britânico tem direito a um voto, enquanto a FIFA, que representa 204 filiados, a quatro, sendo necessário a maioria de três quartos para aprovar qualquer proposta.