A FC Porto SAD registou um prejuízo de 1,4 milhões de euros no primeiro semestre (2008/2009), com resultados operacionais positivos de 2,8 milhões, indica um comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No documento, destinado a comunicar os resultados consolidados para o periodo em análise (01 de Julho a 31 de Dezembro de 2008), a sociedade informa que os resultados operacionais positivos atingiram os 2,8 milhões de euros, ''abaixo dos 8,8 milhões de euros obtidos no 1º semestre se 2007/2008)''.
Nos primeiros seis meses do exercício anterior a FC Porto SAD tinha alcançado um lucro de 7,3 milhões de euros.
Os proveitos operacionais (excluindo transacções de passes de jogadores) cresceram nove por cento, comparativamente ao período homólogo anterior, ascendendo a 31,1 milhões de euros, contra 28,5 milhões no período homólogo.
Registe-se nos proveitos operacionais a quebra com as receitas de bilheteira (que passaram de 6,6 milhões de euros para 5,9 milhões, comparando os dois períodos) e de televisão (de 3,4 para 3,1 milhões de euros) e uma ligeira subida nas provenientes das competições europeias (UEFA), de 6,2 para 6,3 milhões de euros.
De acordo com o documento, os custos operacionais (de onde se excluem igualmente as transacções de passes de jogadores) subiram para 35,8 milhões de euros devido, ''essencialmente ao crescimento da massa salarial'', revela o documento.
O rácio Salários/Proveitos Operacionais (incluindo proveitos com transacções de passes de jogadores) atinge os 44 por cento, sendo que no primeiro semestre do exercício anterior se situava nos 37 por cento.
O activo total cresceu 10,5 milhões de euros face a 30 de Junho de 2008, fixando-se nos 169,3 milhões de euros, ''fundamentalmente pelos investimentos efectuados em novos jogadores'', contra os 158,8 em igual período anterior.
O passivo consolidado da sociedade aumentou 11,8 milhões de euros, passando no período em análise de 141,1 milhões para 152,9 milhões de euros.
O documento revela que o valor do plantel passou de 50,7 para 64,2 milhões de euros, enquanto os custos com pessoal subiram de 17,9 para 22 milhões de euros
o capital próprio desceu de 17,7 milhões de euros no fim do exercício 2007/2008 para 16,4 milhões em 31 de Dezembro passado.