As comemorações do 45.º aniversário da independência do país, a 05 de julho, vão ter um número reduzido de participantes, mas com todas as instituições e personalidades, disse hoje o presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde.
“A sessão solene na Assembleia Nacional vai ter um modelo reduzido em termos de número de participantes, mas com todas as instituições e as personalidades, sejam estatais, nacionais ou locais, bem como os representantes da própria sociedade civil”, disse Jorge Santos.
A mensagem foi divulgada hoje pela página oficial da Assembleia Nacional, após o chefe da casa parlamentar ter abordado este assunto com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, justificando com a pandemia do novo coronavírus no país.
O presidente da Assembleia Nacional disse que, mesmo assim, as comemorações vão ter a “dignidade que merecem”, mas observando estritamente as restrições impostas pelo estado de calamidade que vigora no país.
Todos os anos, o país assinala o dia da independência com uma sessão solene na Assembleia Nacional, que conta com todas as personalidades e instituições do Estado, sociedade civil, corpo diplomático, instituições religiosas e económicas.
A cerimónia é organizada pela Assembleia Nacional e presidida pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.
Este ano, estava prevista uma visita de Estado do presidente angolano, João Lourenço, a Cabo Verde, onde seria o convidado de honra das comemorações do Dia da Independência do país.
Antes da sessão solene, acontece a habitual deposição de flores no memorial Amílcar Cabral, na Várzea, cidade da Praia, num evento presidido pelo chefe de Estado, que conta ainda com presença de combatentes da liberdade, corpo diplomático e outras figuras do país.
Em todo o país e na diáspora também costumam ser realizadas várias atividades de caráter político, cultural e desportivo para assinalar o dia em que Cabo Verde tornou-se independente de Portugal, a 05 de julho de 1975.
Cabo Verde contabiliza um total acumulado de 823 casos, desde 19 de março, nas ilhas de Santiago (678), Sal (72), Boa Vista (57), São Vicente (10), Santo Antão (04) e São Nicolau (02).
Do total, registaram-se ainda sete mortes, dois doentes foram transferidos para os seus países e 388 foram dados como recuperados e há 426 casos ativos em isolamento hospitalar.
Em África, há 7.395 mortos confirmados em mais de 275 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 450 mil mortos e infetou mais de 8,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.